sexta-feira, 10 de agosto de 2012

orientações e propostas para o "Mês da Bíblia"



SETEMBRO – MÊS DA BÍBLIA
Como conciliar o Mês da Bíblia com a Liturgia?


Como nasceu o Mês da Bíblia?
O Mês da Bíblia surgiu em 1971, por ocasião do cinquentenário da Arquidiocese de Belo Horizonte, MG. Foi levado adiante com a colaboração do Serviço de Animação Bíblica das Paulinas (SAB), até posteriormente ser assumido pela Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) e estender-se ao âmbito nacional.

Seus Objetivos são:
- Contribuir para o desenvolvimento das diversas formas de presença da Bíblia, na ação evangelizadora da Igreja, no Brasil;
- Criar subsídios bíblicos nas diferentes formas de comunicação;
- Facilitar o diálogo criativo e transformador entre a Palavra, a pessoa e as comunidades.

Seu objetivo não é:
Restringir-se às celebrações litúrgicas – muito pelo contrário! A Palavra de Deus já é muito bem valorizada em cada Celebração Eucarística pela sua proclamação, meditação e atualização no decurso da Liturgia da Palavra. Em outras palavras, os ritos litúrgicos, quando bem executados, já reconhecem à Palavra de Deus a sua dignidade. A intenção do Mês da Bíblia é fazer com que a Palavra de Deus seja tão valorizada na vida pastoral da Igreja e no ambiente familiar como desde sempre ela o fora no contexto litúrgico.
Desse modo percebe-se que não é preciso – nem permitido – transformar as celebrações eucarísticas do mês de setembro em “celebrações da Bíblia”. Ao contrário, deveremos procurar meios de conscientizar os membros de nossas assembleias que a Palavra de Deus deverá ser lida, meditada, rezada, celebrada e vivida também fora das celebrações.
Para tanto, a Comissão Diocesana de Liturgia apresenta algumas orientações sobre como se proceder nas celebrações no decorrer do mês de setembro.

Sugestões para o mês de setembro:
         valorize-se ainda mais os ritos próprios da liturgia da Palavra: Procissão de entrada da missa com o Evangeliário levado solenemente pelo diácono, ou, em sua falta, pelo leitor – logo, sejam evitadas (ou, preferencialmente suprimidas) as “entradas da Bíblia” antes da Liturgia da Palavra; a mesa da Palavra poderá ser valorizada com um arranjo floral mais vistoso junto a ela;
         proclamação da Palavra de Deus por leitores bem preparados espiritualmente e também quanto à técnica;
        valorização, no momento dos avisos, das atividades pastorais pertinentes ao mês da Bíblia, como formação sobre o livro bíblico estudado (neste ano, o Evangelho de Marcos), círculos bíblicos, etc.
         conscientização da comunidade, por parte do presidente da celebração, que o Mês da Bíblia deverá ser um despertar para o valor da Sagrada Escritura lida, meditada, rezada e vivida individualmente, em família e comunitariamente durante todo o ano (e não apenas neste mês de conscientização). Também poderá ser feita, neste sentido, uma das intenções da Oração dos Fiéis em cada final de semana.

Propostas concretas para as celebrações
         Pode-se fazer junto à porta principal da Igreja o nicho em que a Bíblia ficará exposta no decorrer do mês. A intenção de colocá-la junto à porta (no limiar entre o “local celebrativo” e a “casa” dos fiéis) é demonstrar a intenção do mês: conscientização da comunidade sobre a importância da Bíblia não só na celebração mas sobretudo na vida cotidiana.
Ressalva importante: algumas de nossas comunidades não possibilitam a colocação de um nicho para a Bíblia junto à porta principal por questões de segurança ou mesmo falta de espaço. É preciso adaptar-se segundo as necessidades, possibilidades e criatividade de cada realidade...
         Ao final das celebrações do primeiro final de semana de setembro (1º e 2 de setembro), antes da benção final, aquele que preside ou outro ministro, poderá explicar o sentido do mês da Bíblia (como exposto acima) e ele mesmo junto com uma família poderá fazer a procissão e entronização da bíblia em seu nicho enquanto se canta um canto apropriado sobre a Bíblia. Este gesto de “abertura” do mês de setembro poderá ser antes da benção final (assim o padre voltaria ao altar para o encerramento da celebração) ou posterior a ela, como canto final.
         Pode-se exortar as famílias a terem também um local de destaque em suas casas para a bíblia (evitar o costumeiro uso do termo “altar”) e terem um momento diário de leitura e oração de algum texto bíblico em família.
         Nas celebrações do último final de semana de setembro (dias 29 e 30) pode-se retomar o gesto de abertura do mês da Bíblia: ao final da celebração aquele que preside ou outro ministro devidamente preparado pode exprimir o desejo de que a conscientização sobre a importância da Palavra de Deus em nossa experiência pessoal, familiar e comunitária continue durante todo o decorrer do ano. Durante um canto de saudação à Bíblia o presidente da celebração juntamente com uma família poderão se dirigir até a entrada da Igreja para buscar a Bíblia e levá-la até o altar para ser saudada pela comunidade. Encerra-se a celebração com a benção final solene[1]:

Pres: O Senhor esteja convosco.
Todos: Ele está no meio de nós.

Pres: Deus vos abençoe com todas as bênçãos celestes;
sempre vos faça santos e puros à sua presença;
derrame sobre vós com abundância as riquezas de sua glória;
que Ele vos instrua com as palavras da verdade e com o Evangelho da salvação;
e vos enriqueça sempre de amor fraterno,
por Cristo, nosso Senhor.
Todos: Amém.

Pres: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo.
Todos: amém.


[1] Extraída do rito da benção de um novo ambão, Ritual de Bênçãos, p. 333.

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