sábado, 24 de novembro de 2012

anexo das orientações para o Natal 2012



Anexos das orientações para o Tempo do Natal



Anexo 01
Proclamação do Natal do Senhor segundo o Martirológio Romano


Vinte e Cinco de Dezembro. décima-nona lua.
Tendo transcorrido muitos séculos desde a criação do mundo,
quando no princípio Deus tinha criado o céu e a terra e tinha feito o Homem à sua imagem;
E muitos séculos de quando, depois do dilúvio,
o Altíssimo tinha feito resplandecer o arco-íris, sinal da Aliança e da Paz;
Vinte e um séculos depois da partida de Abraão, nosso pai na fé, de Ur dos Caldeus;
Treze séculos depois da saída de Israel do Egito, sob a guia de Moisés;
Cerca de mil anos depois da unção de David como rei de Israel;
Na sexagésima quinta semana, segundo a profecia de Daniel;
Na época da centésima nonagésima quarta Olimpíada;
No ano setecentos e cinqüenta e dois da fundação da cidade de Roma;
No quadragésimo segundo ano do Império de César Otaviano Augusto;
Quando em todo o mundo reinava a paz,
Jesus Cristo, Deus Eterno e Filho do Eterno Pai,
querendo santificar o mundo com a sua vinda,
tendo sido concebido por obra do Espírito Santo,
tendo transcorrido nove meses, (aqui eleva-se o tom da voz)
nasce em Belém da Judéia da Virgem Maria, feito homem:
Eis o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo a natureza humana.
Venham, adoremos o Salvador,
Ele é o Deus conosco – Emanuel!
R: Graças a Deus.
 
Anexo 02
 
Hino de Ação de Graças – Te Deum – A vós, ó Deus
 Tradução oficial da CNBB



A vós, ó Deus, louvamos,
a vós, Senhor, cantamos.
A vós, eterno Pai,
adora toda a terra.

A vós cantam os anjos,
Os céus e seus poderes:
Sois Santo, Santo, Santo,
Senhor, Deus do universo!

Proclamam céus e terra
A vossa imensa glória.
A vós celebra o coro
glorioso dos Apóstolos.

Louva-vos dos Profetas
A nobre multidão
e o luminoso exército
dos vossos santos mártires.

A vós por toda a terra
Proclama a Santa Igreja,
Ó Pai onipotente,
de imensa majestade.

E adora juntamente
O vosso Filho único,
Deus vivo e verdadeiro,
e ao vosso Santo Espírito.

Ó Cristo, Rei da glória,
Do Pai eterno Filho,
nascestes duma Virgem,
a fim de nos salvar.

Sofrendo vós a morte,
Da morte triunfastes,
abrindo aos que têm fé
dos céus o reino eterno.

Sentastes à direita
De Deus, do Pai na glória.
Nós cremos que de novo
vireis como juiz.

Portanto, vos pedimos:
salvai os vossos servos,
que vós, Senhor, remistes
com sangue precioso.

Fazei-nos ser contados,
Senhor, vos suplicamos,
Em meio a vossos santos
Na vossa eterna glória.


Anexo 03
Hino Veni Creator – Ó Vinde Espírito Criador

1. Ó, vinde, Espírito Criador,                                                                                                            
 as nossas almas visitai
e enchei os nossos corações                                                                                                             
com vossos dons celestiais.

2. Vós sois chamado o Intercessor                                                                                                       
do Deus excelso o dom sem par,                                                                                                                  a fonte viva, o fogo, o amor,                                                                                                                    
a unção divina e salutar.

3. Sois doador dos sete dons                                                                                                                   
 e sois poder na mão do Pai,                                                                                                               
por Ele prometido a nós,                                                                                                                      
por nós seus feitos proclamai.

4. A nossa mente iluminai,                                                                                                                   
os corações enchei de amor,                                                                                                                  nossa fraqueza encorajai,                                                                                                                       
qual força eterna e protetor.

5. Nosso inimigo repeli,                                                                                                                      
 e concedei-nos vossa paz;                                                                                                                    
se pela graça nos guiais,                                                                                                                             
 o mal deixamos para trás.

6. Ao Pai e ao Filho Salvador                                                                                                             
por vós possamos conhecer.                                                                                                                   
que procedeis do seu amor                                                                                                           
 fazei-nos sempre firmes crer.


Anexo 04
Anúncio das solenidades móveis do ano de 2013
(adaptado, com datas próprias para nossa Diocese)

Irmãos e irmãs caríssimos,
A glória do Senhor manifestou-se
E sempre há de manifestar-se no meio de nós
até a sua vinda no fim dos tempos.
Nos ritmos e nas vicissitudes do tempo,
recordamos e vivemos os mistérios da salvação.
O centro de todo o ano litúrgico
é o Tríduo do Senhor crucificado, sepultado e ressuscitado,
que culminará no Domingo de Páscoa, este ano a 31 de março.
Em cada domingo, Páscoa semanal,
a santa Igreja torna presente este grande acontecimento,
no qual Jesus Cristo venceu o pecado e a morte.
Da celebração da Páscoa do Senhor
derivam todas as celebrações do ano litúrgico:
as Cinzas, início da Quaresma, a 13 de fevereiro;
a Ascensão do Senhor, a 12 de maio,
                                         Pentecostes, a 19 de maio;                                             
 o primeiro Domingo do Advento, a 01 de dezembro.

Com o coração jubiloso, também recordamos as celebrações 
nas quais Sua Excelência Reverendíssima, o Bispo de Taubaté, 
Dom Carmo João Rhoden concederá a Benção Papal: 
  2º Domingo da Páscoa, Domingo in albis 
e da Divina Misericórdia, 
 com a presença da Cruz da Jornada Mundial da Juventude, a  07 de abril;    
 e no encerramento do “Ano da Fé”, na solenidade de Cristo Rei do Universo, a 24 de novembro.

Também nas festas da santa Mãe de Deus,
dos apóstolos, dos santos
e na comemoração dos Fiéis Defuntos,
a Igreja peregrina sobre a terra
proclama a Páscoa do Senhor.
A Cristo, que era, que é e que há de vir,
Senhor do tempo e da história,
louvor e glória pelos séculos dos séculos.
Amém.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Orientações e sugestões para Tempo do Natal - 2012



ORIENTAÇÕES E SUGESTÕES PARA O TEMPO DO NATAL 2012

Com a proximidade das solenidades Natalinas de 2012 convém recordar algumas orientações litúrgico-pastorais, bem como apresentar propostas para as celebrações próprias deste tempo de graça a todos os homens de boa vontade que se aproximam do Salvador feito homem por meio das celebrações litúrgicas a serem vivenciadas em nossa Diocese de Taubaté.
As propostas e orientações foram extraídas dos seguintes documentos:
Missal Romano;
Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia – princípios e orientações (emanado pela Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos);
Manual das Indulgências – normas e concessões (emanado pela Penitenciaria Apostólica);
Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil – 2012 (emanado pela CNBB).

Em anexo seguem alguns textos a serem usados nas diversas celebrações do Tempo do Natal, conforme forem julgados convenientes pelos senhores párocos e respectivas comissões litúrgicas paroquiais.

A Solenidade do Natal é composta de 3 missas, a saber:

·        Missa da Noite: própria para a noite de 24 de dezembro;

·        Missa da Aurora: própria para o amanhecer do dia 25 de dezembro
Ao nascer de um novo dia a Igreja saúda o “Sol Nascente que nos veio visitar” – Cristo Jesus;

·        Missa do Dia: própria para as demais missas celebradas no decorrer do dia 25.

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MISSA DA NOITE DO NATAL
Na missa da noite de 24 de dezembro com seu grande significado litúrgico e forte influência popular, poderão ser valorizados:

No início da missa, o canto do anúncio do nascimento do Salvador, na fórmula do Martirológio Romano (cf. Anexo 01) que se constitui, portanto, em um canto natalino de tradição litúrgica antiqüíssima, perfeita opção para se colocar em prática atualmente em nossas celebrações natalinas. Anteriormente, nas celebrações presididas pelo Papa João Paulo II, Tal proclamação era cantada no início da Missa, logo após a saudação inicial, omitindo o ato penitencial. Atualmente, nas Missas de Natal celebradas por Bento XVI, tem-se entoado momentos antes da Celebração, o que também é oportuno, como ressalta Mons. Guido Marini, Mestres das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice. Consequentemente é recomendável que se faça tal proclamação, seja ela cantada ou recitada, antes da Santa Missa, aos moldes de uma monição (ou comentário inicial da missa). Todo o espaço celebrativo já esteja preparado para a Celebração (até mesmo as velas do altar já devem estar acesas). Propõe-se a Igreja à “meia luz”, proporcionando um ambiente oportuno para a apreciação deste belo texto litúrgico que nos recorda a vinda da “Luz do Mundo”, sendo que após ser cantado ou recitado, as luzes da igreja se acendem aos poucos acompanhadas do canto de abertura da celebração com a procissão de entrada já com a imagem do menino Jesus (ressaltamos que o Hino de Louvor constitui num rito em si mesmo, não sendo conveniente proceder à entrada da imagem do Menino Jesus neste momento para não se sobrepor ao seu canto que será mais eloqüente diante da imagem já exposta).

Significativo também será o momento da Profissão de Fé, proclamada segundo o Símbolo Niceno-Constantinopolitano. Nas palavras E se encanou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria e se fez homem faz-se uma pausa e todos se ajoelham em contemplação diante do mistério do nascimento do Salvador, sobretudo em face ao “Ano da Fé” que estamos por celebrar.
A oração dos fiéis deverá assumir um caráter verdadeiramente universal, e na apresentação dos dons na procissão das oferendas haverá sempre uma recordação concreta dos pobres (em nossas comunidades tem-se popularizado o “Chá de Bebê de Maria” com presentes para recém-nascidos. Tais presentes podem ser levados nesse momento em procissão até a imagem do menino, próxima ao altar).

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FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA

A recordação de José, de Maria e do menino Jesus encorajará o acolhimento da proposta pastoral para que, neste dia, toda a família reunida participe da celebração da Eucaristia. Também serão significativas nesta festividade a renovação da entrega da família ao patrocínio da Sagrada Família de Nazaré, a benção dos filhos, prevista no Ritual de Bênçãos (p. 174-194) e, onde houver oportunidade, a renovação dos compromissos assumidos pelos esposos – agora pais, no dia do casamento.
Oportuno recordar a presença da família nos vários momentos da celebração. Contudo, evite-se a prática de casais como leitores de uma mesma leitura, perdendo assim a unidade do texto em sua proclamação. 

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31 DE DEZEMBRO
Na maioria dos países do Ocidente, neste dia, celebra-se o encerramento do ano civil. O acontecimento leva os fiéis a refletirem sobre o “mistério do tempo”, que corre veloz e inexorável. Isso provoca no seu espírito duplo sentimento: de arrependimento e de pesar pelas culpas e ocasiões de graça perdidas ao longo do ano que chega ao fim; e de gratidão pelos benefícios recebidos do Senhor.
Esta dupla atitude deu origem ao costume de entoar festivamente o hino do Te Deum em ação de graças a Deus pelo ano que se finda. Em sua rica Liturgia, dispõe a Santa Igreja de hinos próprios para cada ocasião. O Te Deum, cântico de ação de graças por excelência, pelo qual a Mãe Igreja exprime seu louvor e gratidão ao "Deus de imensa majestade", segundo o Manual das Indulgências emanado pela Penitenciaria Apostólica em 1968 e reeditado com a aprovação do Beato João Paulo II em 1986,  é enriquecido de indulgência parcial ao fiel que recitá-lo, sendo plenária quando recitado em público no último dia do ano. Para que não seja apenas uma recitação simples, pode ser realizado durante a Exposição do Santíssimo Sacramento ao fim da celebração litúrgica.
No anexo nº 02 segue a tradução oficial do hino.                                                                                         No site YouTube há uma versão cantada pelo Pe. João Carlos segundo a tradução oficial: Eis o título a se procurar no site: Pe. João Carlos - Te Deum - DVD Consagração

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1º DE JANEIRO
A data de 1º de Janeiro, encerrando a oitava de Natal com a solenidade da Maternidade Divina de Maria abre um espaço particularmente adequado para um encontro da piedade litúrgica com a piedade popular. No Ocidente, este é um dia de se desejar boas-festas: o começo do ano civil. Os fiéis também ficam envolvidos neste clima festivo de ano-novo, aprendendo a sempre dar a este costume um sentido cristão e fazer dele quase uma expressão de piedade. De fato, os fiéis sabem que o “ano-novo” deve ser posto sob o senhorio de Cristo a quem pertencem os dias e os séculos eternos (Ap 1,8;22,13).
A esta consciência se liga o costume muito difundido de cantar, no dia primeiro de janeiro o hino Veni Creator Spiritus, para que o Espírito do Senhor dirija os pensamentos e as ações de cada um dos fiéis e das comunidades cristãs no decorrer do ano.
Também a esta prática de piedade litúrgica concede-se Indulgência parcial ao fiel que o recitar devotamente em todo o ano. A indulgência será plenária no dia primeiro de janeiro e na solenidade de Pentecostes, se o hino se recitar publicamente. Propomos dessa maneira que as comunidades encerrem a celebração eucarística deste dia com uma devida monição feita por parte do animador da celebração, seja pelo padre que preside ou por algum outro ministro idôneo, seguida do canto de súplica pela vinda do Espírito Santo antes da benção final.
Segue a tradução oficial no anexo 03.

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EPIFANIA DO SENHOR
Em torno da solenidade da Epifania, de antiqüíssima origem e de conteúdo riquíssimo, surgiram e se desenvolveram muitas tradições e genuínas expressões de piedade popular. Entre elas, podemos recordar:
 O solene anúncio do dia da Páscoa e das principais festas do ano tem se restabelecido em diversos lugares. De fato, tal anúncio ajuda os fiéis a descobrirem a ligação entre a Epifania e a Páscoa, e a orientação de todas as festas rumo à máxima solenidade cristã. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – em consonância com toda a Igreja – disponibiliza o belo texto (anexo 04), onde, sob forma de oração, anuncia as solenidades móveis que serão celebradas durante o ano de 2013.  Nada mais próprio, então, que no ano – civil, mas também litúrgico – que se inicia unirmos nossa reflexão a de toda Igreja, pedindo desde já a graça de celebrarmos a vida através da Vida do Senhor. Poderá ser proclamado pelo presidente da celebração ou outro ministro idôneo, da Mesa da Palavra, após a proclamação do Evangelho ou ao final da celebração.
Se neste dia fazemos memória da manifestação do Salvador a todos os povos que o buscam para ofertar-lhe presentes na figura dos Magos do Oriente, seria oportuno encerrar a celebração com o beijamento da imagem do menino Jesus, já aludindo ao mistério pascal e ao belo costume popular do beijamento da imagem do Senhor morto na sexta-feira da paixão.

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Desejamos aos Senhores Párocos e Vigários Paroquiais, Diáconos, Religiosos e Religiosas, Seminaristas, Equipes de Liturgia e a todos quanto interessados e envolvidos nas celebrações litúrgicas em nossas comunidades pela Diocese de Taubaté,  que tais orientações e sugestões possam enriquecer o nosso encontro e de nossas comunidades com o Esperado Verbo Divino que se faz homem para ser Deus-conosco!
Troquemos nossos dons com o céu, para participarmos da divindade
Daquele que quis se unir à nossa humanidade.

Santo Natal a todos! Feliz e Abençoado ano de 2013!

Pela Comissão Diocesana de Liturgia
Padre Roger Matheus dos Santos

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Hino oficial do "Ano da Fé"

CNBB APRESENTA A TRADUÇÃO OFICIAL PARA A LÍNGUA PORTUGUESA DO 
"HINO DO ANO DA FÉ"

A seguir, reproduzimos o texto enviado pelas comissões litúrgica e da Doutrina da Fé da CNBB, com um breve comentário sobre a canção.
CREIO, Ó SENHOR!

Conhecemos bem o quanto a música e o canto são importantes para a compreensão e o aprofundamento das ideias, e o quanto são úteis para a divulgação de campanhas e de projetos. Seguindo o convite do Santo Padre, “queremos celebrar este Ano de forma digna e fecunda” (PF, 8). Por isso, o Ano da Fé não poderia ficar sem seu hino. Dele esperamos que ajude a marcar este “tempo de particular reflexão e redescoberta da fé” (PF, 4).
Divulgado pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, o hino circulou rapidamente pela internet, inclusive em uma versão portuguesa. Os assessores das Comissões Episcopais Pastorais para a Liturgia e para a Doutrina da Fé prepararam esta versão brasileira. Depois de avaliada pelos presidentes dessas Comissões e pelo Secretário Geral da CNBB, tornamos pública, para que seja usada pela Igreja no Brasil durante este Ano da Fé.
A súplica do pai que apresentou seu filho para ser curado por Jesus – “Eu creio, mas aumentai a minha fé” (Mc 9,24) – é assumida por todos nós. Desse modo, o hino é um grande pedido pela renovação e pelo crescimento da fé. Há uma particularidade a ser notada: a primeira parte da súplica está no singular: “creio, ó Senhor”. E a segunda parte está no plural: “aumenta nossa fé”. Assim se destacam os vários aspectos da fé, que são aprofundados pelo Papa no número 10 da Porta Fidei: ao mesmo tempo ela é pessoal e eclesial, é um ato pessoal e tem conteúdo “objetivo”.
Outro elemento que se destaca pela repetição é a expressão “caminhamos”, que ocorre no início de cada estrofe. Na mesma Porta Fidei, Bento XVI nos recorda que, uma vez atravessado o limiar da porta, por meio do batismo, abre-se diante de nós um caminho que dura a vida toda e que se conclui com a passagem para a vida eterna (PF, 1). O povo brasileiro se identifica muito com as romarias, peregrinações, procissões e caminhadas. Elas são um símbolo da peregrinação espiritual que toda a nossa existência cristã: “não temos aqui cidade permanente, mas andamos à procura da que está para vir” (Hb 13,14). O modo como caminhamos é destacado de modo diferente a cada nova estrofe: cheios de esperança, frágeis e perdidos, cansados e sofridos, sob o peso da cruz, atentos ao chamado, com os irmãos e as irmãs. É um caminho feito em companhia, desafiador, é certo, mas dirigido pelas marcas dos passos de Nosso Senhor, como bem recorda a estrofe 4.
O caminhar da Igreja é marcado, portanto, pelos mistérios da vida de Cristo, reflexos do grande Mistério Pascal. Na sequência, nos são recordados: o Advento, o Natal, a Quaresma, a Páscoa, Pentecostes e o Reino definitivo. Do mistério do Filho de Deus feito homem é que a Igreja vive permanentemente. É a comunhão com Ele que orienta e anima toda a caminhada eclesial ao longo da história e, na grande comunhão dos santos, é também o que anima cada um dos fieis, pessoalmente.
Alguns títulos de Cristo são evocados, junto com os mistérios. Filho do Altíssimo, estrela da manhã, mão que cuida e que cura, o Vivente que não morre, Palavra, esperança da chegada. Desse modo o Mistério do Filho de Deus feito nosso irmão impregna toda a existência dos cristãos, na Igreja. Assim ele nos anima no caminho e nos conduz para a meta.
Esse caminhar é feito em companhia. Como companheiros são recordados, na sequência das estrofes: os Santos que “caminham entre nós”, Maria, “a primeira dos que creem”, os pobres que “esperam à porta”, os humildes que “querem renascer”, a Igreja que “anuncia o Evangelho”, o mundo, no qual se encontram sinais do Reino que “está entre nós”. Esta grande companhia de fé nos permite muitas e profundas reflexões: a comunhão dos santos, o significado da presença da Mãe de Jesus na vida da Igreja, os pobres, nos quais podemos servir ao próprio Cristo e pagar-lhe amor com amor, o espírito das bem-aventuranças expresso nos “humildes”. Como resume a última estrofe, trata-se da companhia de fé, de esperança e de amor que é a Igreja.
A consciência de que o hino expressa a súplica da Igreja que quer ser renovada na fé é expressa nos termos com os quais se conclui cada estrofe: pedimos, oramos, invocamos, suplicamos, rogamos, clamamos. A renovação eclesial e o impulso para a nova evangelização, objetivos principais do Ano da Fé (PF, 7-8), não serão alcançados simplesmente por nosso esforço. São dons da graça divina, que devemos suplicar com humildade e buscar com toda energia.
Valha-nos sempre a proteção da Virgem Maria, bem-aventurada porque acreditou (Lc 1,45).

HINO DO "ANO DA FÉ" 

Música e texto original italiano
Tradução para o Brasil: CNBB



1. Caminhamos repletos de esperança, tateando pela noite.
Nos encontras no Advento da história,
És pra nós o Filho do Altíssimo!
CREIO, Ó SENHOR, CREIO!
Com os santos que caminham entre nós, Senhor, nós te pedimos:
AUMENTA, AUMENTA A NOSSA FÉ!
CREIO, Ó SENHOR, AUMENTA A NOSSA FÉ!

2. Caminhamos frágeis e perdidos, sem o pão de cada dia.
Tu nos nutres com a luz do Natal,
És pra nós a estrela da manhã!
CREIO, Ó SENHOR, CREIO!
Com Maria, a primeira dos que creem, Senhor, a ti oramos:
AUMENTA, AUMENTA A NOSSA FÉ!
CREIO, Ó SENHOR, AUMENTA A NOSSA FÉ!

3. Caminhamos, cansados e sofridos, as feridas ainda abertas.
Tu sacias quem te busca nos desertos,
És pra nós a mão que cuida e nos cura!
CREIO, Ó SENHOR, CREIO!
Com os pobres que esperam à porta, Senhor, nós te invocamos:
AUMENTA, AUMENTA A NOSSA FÉ!
CREIO, Ó SENHOR, AUMENTA A NOSSA FÉ!

4. Caminhamos sob o peso da cruz nas pegadas dos teus passos.
Tu ressurges na manhã da santa Páscoa,
És pra nós o Vivente que não morre.
CREIO, Ó SENHOR, CREIO!
Com os humildes que querem renascer, Senhor, te suplicamos:
AUMENTA, AUMENTA A NOSSA FÉ!
CREIO, Ó SENHOR, AUMENTA A NOSSA FÉ!

5. Caminhamos atentos ao chamado de cada novo Pentecostes.
Tu recrias a presença desse sopro,
És pra nós a Palavra do futuro.
CREIO, Ó SENHOR, CREIO!
Com a Igreja que anuncia o Evangelho, Senhor, nós te rogamos:
AUMENTA, AUMENTA A NOSSA FÉ!
CREIO, Ó SENHOR, AUMENTA A NOSSA FÉ!

6. Caminhamos, cada dia que nos dás, com os irmãos e as irmãs.
Tu nos guias nos caminhos desta terra,
És pra nós a esperança da chegada!
CREIO, Ó SENHOR, CREIO!
Com o mundo onde o Reino está entre nós, Senhor, nós te clamamos:
AUMENTA, AUMENTA A NOSSA FÉ!
CREIO, Ó SENHOR, AUMENTA A NOSSA FÉ!