sexta-feira, 29 de maio de 2015

Significado da Cátedra e do Báculo do Bispo



Estamos vivendo dias intensos em nossa realidade eclesial taubateana. A chegada de um novo Bispo em uma Diocese confirma-a na Tradição da Igreja expressa pelas palavras do Apóstolo Paulo: “Paulo plantou, Apolo é quem regou, mas é Cristo quem faz crescer” (1Cor 3,6). A história de nossa Igreja de Taubaté dá novos passos, agradecida pelo ministério episcopal exercido por Dom Carmo, acolhendo agora com alegria um novo sucessor dos Apóstolos, Dom Wilson Angotti.
A chegada de um novo Bispo em uma Diocese é intitulada, canonicamente, “Tomada de Posse de seu Ofício”. Isto não significa que Dom Wilson será “dono” da Diocese de Taubaté; a Diocese não passará a ser “sua posse”. Na verdade Dom Wilson toma posse de seu “ofício”, ou seja, da sua função de Bispo: Sucessor dos Apóstolos e servidor da Igreja de Taubaté na promoção da comunhão eclesial. Será ele o sinal da unidade de nossa Diocese em torno de Jesus Ressuscitado, na força do Espírito, à caminho do Reino definitivo.
Contudo, para evitar a compreensão errônea exposta no início deste artigo, Dom Wilson preferiu chamar este evento de “Início de seu Ministério Pastoral como 7º Bispo da Diocese de Taubaté”, enfatizando o pastoreio que ele irá exercer em nosso favor e em nome de Cristo. O início de seu ministério episcopal entre nós foi marcado para se realizar na Igreja Catedral, e isto tem um motivo muito especial: lá se encontra a Cátedra do Bispo.
Segundo José Aldazábal, grande liturgista, a palavra Cátedra tem sua origem no grego: kathedra, composta, por sua vez, da junção de duas palavras: kata (no alto) e hedra (assento). Da mesma raiz é a palavra cadeira. Chama-se cátedra a um assento solene.
São variados os derivados da palavra cátedra: catedrático é o titular de uma cátedra na universidade. A “cátedra de São Pedro” é sinônimo do ministério do Papa, tanto que, em 22 de fevereiro, celebramos a Festa da “Cátedra de Pedro”. Quando se diz que o Papa fala “ex cathedra”, quer-se dizer que fala a partir da plenitude do seu magistério.
No entanto, a palavra Cátedra aplica-se sobretudo à cadeira do Bispo na sua igreja, que se chama “Catedral” precisamente porque contém a cátedra do Bispo, como igreja-mãe de todas as outras da diocese. A cátedra episcopal de Taubaté está na lateral esquerda de quem está diante do altar da Catedral. A partir dela, situada de modo que possa ver e ser visto pela sua comunidade, preside e prega o Bispo. Talvez seja o símbolo mais antigo do ministério episcopal, do seu magistério e da sua autoridade pastoral. Nela, normalmente, só toma lugar o Bispo Diocesano ou alguém a quem ele o conceda. Os outros, quando presidem à Eucaristia na igreja catedral, fazem-no de outra cadeira. Na ordenação de um bispo, se tem lugar na igreja catedral da sua diocese, um dos gestos mais expressivos da inauguração do seu ministério é a tomada de posse da sua cátedra.
É este o principal ato da Celebração de abertura do Ministério Episcopal de Dom Wilson como nosso Bispo Diocesano, no dia 13 de junho. O Arcebispo de nossa Província Eclesiástica de Aparecida, Dom Raymundo, pedirá que seja lida a Bula do Santo Padre, o Papa Francisco, nomeando Dom Wilson como Bispo de Taubaté. Depois de lida, ela é apresentada ao Colégio de Consultores: um grupo de 6 padres que em nome da Diocese reconhecerão o documento como autêntico. Em seguida o Arcebispo de Aparecida entregará o Báculo de Pastor a Dom Wilson e o convidará a sentar-se em sua Cátedra, recebendo, na Cátedra, os cumprimentos e voto de obediência dos representantes de todo o Povo de Deus que compõe nossa Diocese: padres, diáconos, religiosos, religiosas e fiéis leigos e leigas.
Tudo isto se dará no início da celebração da missa que seguirá como de costume, até o momento da homilia quando Dom Wilson dirigirá, da Cátedra, as primeiras palavras ao seu povo como Anunciador do Evangelho e Mestre da Doutrina deixada por Cristo à sua Igreja.

Significado do Báculo 

Báculo, do latim, significa bastão, cajado. Em sentido simbólico passou a indicar apoio, pela sua função de ajuda no caminhar e, sobretudo, autoridade, por analogia com a vara ou bastão que o pastor usa para conduzir e dirigir o seu rebanho. Em muitas culturas, desde a Antiguidade, o báculo significa a autoridade do governante, nas suas diversas modalidades, tendo o cetro do rei como seu maior expoente. No âmbito eclesiástico, possivelmente desde o século VII, o báculo passou a ser a insígnia simbólica do Bispo, como pastor da comunidade cristã, que guarda e acompanha com solicitude o rebanho que lhe foi confiado pelo Espírito Santo. Este bastão é, do mesmo modo, insígnia da jurisdição do Bispo. Assim sendo, ele não pode usá-lo fora de sua própria diocese (não é território sob sua responsabilidade, portanto, não está em meio a suas ovelhas), a menos que o Bispo Diocesano local lhe permita.
Muito profundo significado sobre o báculo é o que nos ensinou São João Paulo II, em uma Ordenação Episcopal, durante uma viagem sua à África em 1980: “Vós portais, com direito, na mão, o báculo do pastor. Lembrai-vos que vossa autoridade, segundo Jesus, é aquela do Bom Pastor, que conhece suas ovelhas e está muito atento a cada uma delas; é aquela do Pai que se impõe por seu espírito de amor e de devotamento; é aquela do intendente, pronto para prestar contas a seu mestre; é aquela do ‘ministro’, que está em meio aos seus ‘como aquele que serve’ e que está pronto para dar a sua vida”.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Hino do XVI Congresso Eucarístico Nacional.flv













O Hino do XVI Congresso Eucarístico Nacional, acontecido em Brasília no ano de 2010, será o canto de abertura da Missa de Início do Ministério Episcopal de Dom Wilson Luís Angotti como 7º bispo da Diocese de Taubaté.



As primeiras palavras do refrão: "Caminhemos num só coração" faz menção ao lema escolhido por Dom Wilson para seu Ministério Episcopal: "Cor Unum", expressão tirada de At, 4,32: "A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma". Expressa também o desejo da Igreja de Taubaté: torna-se uma Igreja discípula-missionária em torno do Sacramento da Eucaristia, o Pão da Unidade.

A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma.
Atos 4:32

terça-feira, 5 de maio de 2015

Divulgado Calendário do Ano Santo da Misericórdia




Cidade do Vaticano (RV) – A programação e o logotipo do Jubileu extraordinário da misericórdia foram apresentados esta manhã (05/05. Os detalhes foram expostos pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisiquella. A ideia do Jubileu nasceu em 29 de agosto do ano, quando Francisco lhe manifestou o desejo de convocá-lo. “Conseguimos manter um segredo pontifício”, declarou satisfeito, pois o anúncio “da surpresa” foi feito somente no dia 14 de março deste ano.
Dom Fisichella recordou que o Jubileu da Misericórdia “não é e não deseja ser o Grande Jubileu do Ano 2000. Qualquer comparação, portanto, não tem sentido, porque cada Ano Santo tem as suas peculiaridades e as próprias finalidades”. Trata-se, sobretudo de um Jubileu temático, que assenta fortemente no conteúdo central da fé e pretende recordar à Igreja a sua missão prioritária de ser sinal e testemunho da misericórdia em todos os aspectos da sua vida pastoral.
O Arcebispo explicou que o Papa deseja que este Jubileu não seja vivido somente em Roma, mas também nas Igrejas locais. Pela primeira vez na história dos Jubileus, é oferecida a possibilidade de abrir a Porta Santa – Porta da Misericórdia – nas próprias dioceses, particularmente na Catedral ou numa igreja especialmente significativa ou num Santuário nomeadamente importante para os peregrinos.

Dom Fisichella apresentou também o logotipo do Jubileu, que representa uma “suma teológica” da misericórdia e do lema que o acompanha. No lema, tirado de Lc 6,36, Misericordiosos como o Pai, propõe-se viver a misericórdia seguindo o exemplo do Pai, que pede para não julgar e não condenar, mas perdoar e dar amor e perdão sem medida (cf. Lc 6,37-38). O logotipo é obra do padre jesuíta M. I. Rupnik. A imagem mostra o Filho que carrega aos seus ombros o homem perdido. “O desenho é feito de tal forma que realça o Bom Pastor que toca profundamente a carne do homem e o faz com tal amor capaz de lhe mudar a vida. Além disso, um detalhe não é esquecido: o Bom Pastor com extrema misericórdia carrega sobre si a humanidade, mas os seus olhos confundem-se com os do homem.” A cena é colocada dentro da amêndoa, também esta é uma figura cara da iconografia antiga e medieval que recorda a presença das duas naturezas, divina e humana, em Cristo. As três ovais concêntricas, de cor progressivamente mais clara para o exterior, sugerem o movimento de Cristo que conduz o homem para fora da noite do pecado e da morte. Por outro lado, a profundidade da cor mais escura também sugere o mistério do amor do Pai que tudo perdoa.

Calendário

Dom Fisichella apresentou ainda o calendário das celebrações, que têm início oficialmente em 8 de dezembro deste ano. “Quisemos que o primeiro evento fosse dedicado a todos aqueles que trabalham na peregrinação, de 19 a 21 de janeiro de 2016. É um sinal que pretendemos dar para deixar claro que o Ano Santo é uma verdadeira peregrinação e deve ser vivida como tal. Pediremos aos peregrinos para fazer um percurso a pé, preparando-se assim para atravessar a Porta Santa com o espírito de fé e de devoção.”
No dia 3 de abril haverá uma celebração destinada a todas as pessoas que se revêm na espiritualidade da misericórdia (movimentos, associações, institutos religiosos). Todas as pessoas do voluntariado caritativo, por sua vez, serão convocadas no dia 4 de setembro. A esfera da espiritualidade mariana terá o seu dia em 9 de outubro para celebrar a Mãe da Misericórdia. Não faltam eventos dedicados especificamente aos adolescentes crismados: 24 de abril. E os jovens do mundo inteiro são convocados em Cracóvia para a Jornada Mundial da Juventude de 26 a 31 julho. Outro evento será destinado aos diáconos que por vocação e ministério são chamados a presidir à caridade na vida da comunidade cristã. Para eles haverá o Jubileu a 29 de maio. No 160º aniversário da Festa do Sagrado Coração de Jesus, a 3 de junho, celebrar-se-á o Jubileu dos Sacerdotes. Em 25 de setembro será o Jubileu dos catequistas e das catequistas. Em 12 de junho, haverá o encontro dirigido a todos os doentes, às pessoas com deficiência e àqueles que com amor e dedicação cuidam deles. Em 6 de novembro será celebrado o Jubileu dos presos – um evento inédito. Espera-se que não seja realizado somente nas prisões, mas está sendo estudada a possibilidade para que alguns prisioneiros possam ter a oportunidade de celebrar com o Papa Francisco, em São Pedro, o seu próprio Ano Santo.
Outra novidade será o “missionário da misericórdia” – um sacerdote que seja nas paróquias e dioceses a extensão do Papa Francisco. O “missionário” – cujo envio será feito pelo Papa na Quarta-feira de Cinzas – deverá três características: paciente, bom pregador e bom confessor. A modalidade de escolha dos sacerdotes, que poderão ser também bispos eméritos,  ainda está sendo estudada.

Site

O website oficial do Jubileu já foi publicado: www.iubilaeummisericordiae.va, acessível em www.im.va. O website está disponível em sete línguas: italiano, inglês, espanhol, português, francês, alemão e polonês. No website podem-se encontrar as informações oficiais acerca do calendário dos principais eventos públicos, as indicações para a participação nos eventos com o Santo Padre e todas as outras comunicações oficiais relativas ao Jubileu.