Sete anos após o fim da Primeira
Guerra Mundial e quatorze anos antes da Segunda, o Papa Pio XI instituiu a
Festa de Cristo Rei por meio da Encíclica Quas Primas. Disse ele:
Em virtude de Nossa autoridade
apostólica, instituímos a festa de "Nosso Senhor Jesus Cristo Rei",
mandando que seja celebrada cada ano, no mundo inteiro. Prescrevemos igualmente
que, cada ano, se renove, nesse dia, a consagração do gênero humano ao Coração
de Jesus, que já Nosso Predecessor de saudosa memória Pio X ordenara se fizesse
anualmente.
O Manual de Indulgências apresenta
este citado Ato de Consagração do gênero humano a Jesus Cristo Rei como
oração indulgenciada. Em comunhão e em obediência a estes dois grandes papas,
rezemos:
Dulcíssimo
Jesus, Redentor do gênero humano, lançai sobre nós, que humildemente estamos prostrados
diante do vosso altar, os vossos olhares. Nós somos e queremos ser vossos; afim
de podermos viver mais intimamente unidos a vós, cada um de nós se consagra,
espontaneamente, neste dia, ao vosso sacratíssimo Coração. Muitos há que nunca
vos conheceram; muitos, desprezando os vossos mandamentos, vos renegaram.
Benigníssimo Jesus, tende piedade de uns e de outros e trazei-os todos ao vosso
sagrado Coração. Senhor, sede rei não somente dos fiéis, que nunca de vós se
afastaram, mas também dos filhos pródigos, que vos abandonaram; fazei que estes
tornem, quanto antes à casa paterna, para não perecerem de miséria e de fome. Sede
rei dos que vivem iludidos no erro, ou separados de vós pela discórdia;
trazei-os ao porto da verdade e à unidade da fé, a fim de que, em breve, haja
um só rebanho e um só pastor. Senhor, conservai incólume a vossa Igreja, e
dai-lhe uma liberdade segura e sem peias; concedei ordem e paz a todos os
povos; fazei que, de um pólo a outro do mundo, ressoe uma só voz: louvado seja
o coração divino, que nos trouxe a salvação; honra e glória a ele, por todos os
séculos. Amém.
Concede-se indulgência parcial ao fiel que recitar piedosamente este ato, e plenária quando se recitar publicamente na solenidade de Jesus Cristo Rei. Para lucrar a indulgência plenária, além da repulsa de todo o afeto a qualquer pecado até venial, requerem-se a execução da obra enriquecida da indulgência e o cumprimento das três condições seguintes: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice. A condição de rezar nas intenções do Sumo Pontífice se cumpre ao se recitar nessas intenções um Pai-nosso e uma Ave-Maria, mas podem os fiéis acrescentar outras orações conforme sua piedade e devoção.
(Manual das Indulgências, Norma 23, Parágrafo 1 e 5)
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