terça-feira, 26 de junho de 2012

O uso do projetor multimídia na Liturgia - CNBB


O uso do Projetor Multimídia na Liturgia

Elementos para reflexão
Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB



1.    O uso do projetor multimídia na liturgia é hoje uma realidade frequente em nossas comunidades. Por se tratar de uma realidade relativamente recente e ainda pouco refletida em nosso meio, causando discussões e até mesmo divergências de opinião, a Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB quer oferecer, com a presente nota, alguns elementos para uma reflexão e futuros aprofundamentos da parte do episcopado nacional, dos liturgistas, dos párocos e todos os agentes de pastoral litúrgica em nosso país e, sobretudo, daqueles que utilizam o projetor multimídia como recurso para a liturgia.
2.    A partir do Concílio Vaticano II e da reforma litúrgica dele derivada, como compreender esta realidade? Seria esta uma simples adaptação à cultura moderna? Apenas uma moda, como foi com o retroprojetor, que depois caiu em desuso? Uma criatividade litúrgica? Quais os motivos da introdução deste meio na liturgia? Seria o projetor multimídia algo a ser realmente necessário na liturgia?

Vendo a realidade do uso do projetor multimídia na liturgia
3.    Em diferentes comunidades, o projetor multimídia vem sendo utilizado como recurso audiovisual para, por exemplo:
•    projetar cantos num telão ou numa parede da igreja, inclusive fazendo a correção de textos ou “correndo” com slides durante a ação ritual;
•    projetar as orações presidenciais, inclusive a oração eucarística, enquanto o presidente as proclama; projetar as leituras bíblicas enquanto são proclamadas;
•    projetar a homilia ou parte dela, de forma esquemática, enquanto é proferida, chegando até mesmo a ser acompanhada por trilha sonora;
•    projetar, durante a homilia e a oração eucarística, imagens ou vídeo de Jesus retratando ações correspondentes a estes momentos rituais como, por exemplo, cenas da última ceia projetadas durante a narrativa da instituição, no momento em que Jesus parte o pão;
•    projetar ícones em diferentes momentos da celebração, bem como mensagens após a comunhão;
•    e também projetar os textos da liturgia das horas.
Estes exemplos - como outros que poderiam ser citados -, nos servirão de referência para refletirmos sobre a complexa realidade do uso do projetor multimídia na liturgia.

Justificativas comumente dadas para o uso
4.    São várias as justificativas apresentadas por aqueles que se utilizam deste meio. Dentre elas, elencamos algumas:
•    Por questões econômicas e ecológicas (menos custos e gastos de papel), a utilização do projetor multimídia leva a eliminar o uso dos “folhetos litúrgicos” e livros de cantos.
•    É mais prático, tendo os textos em um só lugar e projetá-los, do que multiplicar e distribuir papéis, como aqueles usados para os cantos.
•    O uso do projetor multimídia ajuda e facilita a participação da assembleia na liturgia, porque ela (a assembleia) se vê livre e despreocupada de manter folhas e objetos nas mãos.
•    O projetor multimídia é mais rico em recursos do que o retro-projetor, também mais econômico em relação ao gasto com transparências.

Elementos para reflexão sobre essa realidade
5.    É compreensível a iniciativa do uso do projetor multimídia com as suas justificativas, pois revelam zelo e preocupação pastoral em relação à liturgia. No entanto, do ponto de vista teológico-litúrgico, tudo isso demanda revisão, reflexão e aprofundamento, tendo em vista, sempre, a participação plena da assembleia.
6.    Na reflexão sobre esta realidade, um primeiro elemento a ser considerado é a noção de participação ativa na liturgia. O que é mesmo participar de uma ação litúrgica? É participar da salvação (cf. Sacrosanctum Concilium, SC, 2) que sempre de novo nos é dada através dos ritos e sinais sensíveis da liturgia da Igreja (cf. SC 5-7), pelos quais somos incorporados à morte e ressurreição de Cristo em seu mistério pascal (cf. SC 5-7).
7.    Os ritos têm o seu espaço próprio, cujo centro são as duas mesas: a da Palavra e da Eucaristia. A mesa da Eucaristia deve ocupar “um lugar que seja de fato o centro para onde espontaneamente se volte a atenção de toda a assembleia dos fiéis” (Instrução Geral ao Missal Romano, IGMR, n. 299). Isso significa que nada deve nos distrair deste centro. Caso contrário, a participação ativa ficará comprometida.
8.    A ação salvadora de Deus se dá, sobretudo, quando, em torno à mesa eucarística, é proclamada a grande ação de graças da Igreja ao Pai, por Cristo e no Espírito Santo. De fato, a oração eucarística é o “centro e ápice de toda a celebração” (IGMR n. 78), quando a mente e o coração de todos devem se voltar para o alto, isto é, para Deus. Portanto, no momento da sua proclamação, é importante que o foco das atenções esteja no altar para acompanharmos e participarmos deste momento ritual. Por isso, não convém que a assembleia acompanhe o texto da oração eucarística, seja ele impresso ou projetado, mas, com os olhos voltados para o altar, ouça a voz do presidente que proclama a solene ação de graças. Neste momento, não pode a assembleia centrar-se em imagens ou filmes projetados no telão – nem mesmo deverá centrar-se no texto da referida oração enquanto esta é projetada, mas sim no altar do Senhor e na oração em si que deste local é elevada ao Pai por meio daquele que preside a assembleia. As aclamações da assembléia poderiam ser proferidas ou preferencialmente cantadas pelo diácono ou outro ministro do canto e repetidas pelo povo.
9.    O que foi dito sobre mesa eucarística, pode-se também dizer sobre a mesa da Palavra, como nos ensina a Igreja: “A dignidade da Palavra de Deus requer na Igreja um lugar condigno de onde possa ser anunciada e para onde se volte espontaneamente a atenção dos fiéis no momento da liturgia da Palavra” (IGMR n. 309). Consequentemente, a Palavra de Deus, quando proclamada e partilhada pela homilia, exige de nós a atitude discipular de escuta. Na liturgia, ela está para ser proclamada e ouvida. Assim sendo, estaria muito mais de acordo com a natureza da liturgia a assembleia voltar-se para o ambão, com olhos e ouvidos atentos ao ministro que proclama a Palavra “em voz alta e distinta” (cf. IGMR 38), em vez de acompanhá-la com os olhos fixos num texto impresso ou em projeções no telão – sejam elas do texto que se está proclamando, sejam de imagens relativas ao conteúdo do mesmo.
10.     A participação ativa na liturgia exige uma interação entre quem proclama a Palavra e a assembleia que a escuta, entre a presidência e assembleia, entre esses e o próprio Deus, entre Deus e o seu povo, por força das ações rituais. Ao mesmo tempo, exige o uso cuidadoso dos livros litúrgicos, porque eles “lembram aos fiéis a presença de Deus que fala a seu povo... e são sinais e símbolos das realidades do alto na ação litúrgica” (Introdução ao Lecionário da Missa, ILM, 35), não devendo por isso ser “substituídos por outros subsídios de ordem pastoral” (ILM 37), sejam eles impressos ou projeções.
11.     O Concílio Vaticano II resgatou a ampla compreensão de presença real de Jesus Cristo na liturgia (no ministro, na Palavra, na assembleia reunida e orante, nos sacramentos, sobretudo nas espécies eucarísticas), proclamando que Cristo mesmo age nas ações litúrgicas (cf. SC 7). A Igreja nos convoca, pois, a valorizar estas diversas presenças. Imagens projetadas durante a celebração desviam a nossa atenção da ação de Jesus Cristo, aqui e agora, na própria ação ritual. Além disso, sendo o filme, ou vídeo, um acontecimento em si mesmo, não se destina a ilustrar outro acontecimento que é o mistério de Cristo e da Igreja na própria ação ritual em ato. Se temos a necessidade da projeção de imagens do passado, talvez o seja pela nossa dificuldade em viver no presente aquilo que as ações rituais tornam realidade. A solução não se encontra em paliativos áudio-visuais teatralizantes mas na busca de uma celebração cada vez mais autêntica em seus ritos e na Palavra proclamada por parte dos ministros responsáveis pelas mesmas.
12.     O ministro, tanto no momento de proclamar a Palavra como na ação ritual de presidir a Eucaristia, age in persona Christi. O Cristo assume a voz, o olhar, o rosto, os braços, o corpo todo do ministro para, por ele, se comunicar com o povo cristão reunido em assembleia e, na unidade do Espírito Santo, glorificar ao Pai. Então, como fica quando a assembléia se vê obrigada a ter que desviar sua atenção para o telão, exatamente quando teria de contemplar a ação do Cristo vivo na pessoa do ministro? E como fica aí a “participação ativa”, no verdadeiro sentido teológico-litúrgico, pedida com insistência pelo Vaticano II?
13.     O uso do projetor multimídia na liturgia, como estamos vendo, além de interferir na ação ritual, entra em competição com a liturgia, gerando distração.
14.     O uso didático do projetor multimídia, utilizando aparelhos (computador, fiação, projetor, mesa, telão), sem dúvida interfere na composição e na estética do próprio espaço celebrativo enquanto “sinal e símbolo das coisas divinas” (cf. IGMR 288). Dependendo da localização, não seria o projetor multimídia um elemento estranho ao espaço celebrativo, dificultando a execução das ações sagradas e a ativa participação dos fiéis? Na verdade, com o uso desses aparatos corre-se inclusive o risco de tornar o espaço celebrativo em quase “sala de aula”, de “conferência”, ou uma extensão da minha “sala de TV”.
15.     Além do mais, com o uso de projetor multimídia na liturgia, não se corre o risco da acomodação, no sentido de não se precisar mais investir na formação litúrgica e nem mesmo buscar uma melhor qualidade do espaço celebrativo e, sobretudo, dos ministérios?
16.     O problema maior, talvez, está na falta de iniciação litúrgico-ritual. Qual o lugar que a liturgia ocupa na catequese? O que normalmente se ensina aos agentes de pastoral e comunidades? Quem o faz e que metodologia utiliza? Como estão sendo formados os futuros presbíteros e diáconos? A formação litúrgica muitas vezes fica reduzida a teoria, sem a devida formação para a ritualidade conjugada com a espiritualidade. Resultado: Recorre-se a folhetos, ao uso do projetor multimídia etc., desfocando assim a atenção da assembleia daquilo que é central na celebração. Liturgia é eminentemente ação, celebração: ação de Cristo e da Igreja, ação da assembleia em Cristo e no Espírito. Assim sendo, não tem como ser ela acompanhada por outra ação paralela assistida no telão. Não somos expectadores mas participantes.
17.      Enfim, podem as novas tecnologias colaborar em favor de uma liturgia participativa, pascal, simbólica e orante? É possível? Com certeza, e muito! Onde? Na catequese como preparação para o bem celebrar, nos cursos em preparação ao batismo e ao matrimônio, bem como nos cursos de formação litúrgica em geral. Aí, nestes espaços, o projetor multimídia presta, sem dúvida, um notável serviço à sagrada liturgia.
18.      Que o Espírito Santo nos ilumine, para que, a partir de uma séria reflexão sobre o uso do projetor multimídia em nossas liturgias, possamos qualificar sempre mais nossas celebrações e todos os seus ministérios. Tudo para que nossas assembléias litúrgicas, corpo eclesial de Cristo, possam sentir-se plenamente sujeito das ações rituais e, ao mesmo tempo, todas as pessoas que as compõem sintam-se envolvidas pelo mistério da salvação e glorifiquem ao Pai por uma vida santa.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

material para as celebrações litúrgicas do mês de conscientização do Dízimo



 

COMISSÃO DIOCESANA DO DÍZIMO
COMISSÃO DIOCESANA DE LITURGIA

Aos responsáveis pelas celebrações eucarísticas em nossas comunidades,
Graça e Paz!

Aproxima-se o mês de julho, na Diocese de Taubaté, mês voltado à conscientização sobre a importância do Dízimo na vida da Igreja. Neste ano, a Comissão Diocesana do Dízimo apresenta “o dízimo na urgência missionária” (DGAE) como tema, e lema: Gl 6,6 O discípulo participa da missão partilhando de seus bens”.
Para bem celebrarmos a presença de Cristo na Liturgia da Igreja, urge recordar os ensinamentos contidos no Diretório da Liturgia e da organização da Igreja no Brasil acerca dos “meses temáticos”. Eis o texto:
“A comunidade deve celebrar a sua vida na liturgia, mas deve celebrá-la à luz de Jesus Cristo, ressuscitado, vivo, presente e atuante na comunidade, e não à luz de um tema, de uma idéia. Deve celebrar a sua vida, sim, com os problemas que lhe tocam mais de perto; mas à luz da Palavra viva como único tema. E quando não se penetra profundamente na Palavra de Deus, na docilidade do Espírito, pode-se cair na moralização. Assim, o Domingo celebra realmente a vida da comunidade, nos seus diversos coloridos, mergulhados na única vida do Ressuscitado que lhe dá vida.
Para dar aos meses e dias temáticos o seu justo lugar, é importante que a equipe da pastoral litúrgica prepare bem a celebração, não reproduzindo apenas folhetos e subsídios oferecidos. Na missa, os “temas” podem ser lembrados no início, na homilia e nas preces dos fiéis”.
Diante do exposto, a Comissão Diocesana do Dízimo em parceria com a Comissão Diocesana de Liturgia apresenta algumas sugestões para as celebrações de todos os domingos do mês de julho de 2012 – como já vem acontecendo nos últimos anos. Primou-se em dar a primazia à Palavra de Deus e a luz que Ela pode projetar sobre o dízimo enquanto participação na atividade missionária da Igreja.
Para cada domingo apresentamos uma monição inicial e as orações dos fiéis. Para o terceiro Domingo do mês apresentamos ainda uma proposta de oração a ser usada no momento penitencial. Tal proposta poderá ser usada em qualquer outro domingo em que a comunidade local tenha por costume rezar de forma mais explícita por seus dizimistas.  
Esperamos assim contribuir com nossas celebrações eucarísticas dominicais e, por meio delas, conscientizar nossas comunidades paroquiais acerca da importância do Dízimo em todas as dimensões eclesiais, mormente acerca da realidade missionária. 


Pe. Sílvio José Dias    
pela Comissão Diocesana do Dízimo                                                             

Pe. Roger Matheus dos Santos
pela Comissão Diocesana de Liturgia 



Solenidade de São Pedro e São Paulo
30 de junho e 01º de julho de 2012
Monição inicial
Caríssimos irmãos e irmãs, celebramos hoje a glória de Cristo Ressuscitado que resplandece na vida e na ação evangelizadora de São Pedro e São Paulo: apóstolos do Senhor, colunas da Igreja, amigos e testemunhas de Jesus. Seus ensinamentos inspiram o ser e a ação das comunidades cristãs de todos os tempos.
Nesta solenidade trazemos presente a vida do Papa Bento XVI, sucessor de Pedro, cuja missão é evangelizar e manter a unidade da Igreja em torno de Cristo.

Em comunhão com toda a Diocese de Taubaté, iniciamos hoje o mês dedicado a conscientização do Dízimo. Procurando corresponder ao projeto de evangelização da Igreja, queremos rezar e refletir sobre a Dimensão Missionária do Dízimo. “A Igreja nasce da Missão e existe para a Missão”, e a consciência missionária interpela o discípulo a participar da missão, sustentando-a pela partilha de seus bens com alegria e generosidade.
Animados pelo testemunho de Pedro e Paulo, iniciemos nossa ação de graças.

Oração dos Fiéis

Pres: Irmãos e irmãs, oremos para que a Igreja viva a sua missão apostólica com a mesma intensidade e fidelidade com que a viveram as primeiras testemunhas de Cristo.

R: Pela intercessão de São Pedro e São Paulo, atendei-nos Senhor!
1-      “A Igreja nasce da missão e existe para a missão”.  Pedimos, Senhor, olhai para vossa Igreja fundada na fé dos apóstolos. Fortalecei-a na ação evangelizadora.
Que enviada ao encontro do próximo, possa compartilhar o dom do encontro com Cristo, Caminho, Verdade e Vida, rezemos. 

2-       “A missão do Papa é zelar para que a Igreja permaneça na unidade, fiel a Jesus Cristo e ao seu Projeto”.  Pedimos, ó Pai de bondade: revigorai o ardor missionário do Santo Padre o papa Bento, como sinal de unidade e pastor da comunhão universal da Igreja, rezemos.

3-      “Todo batizado é missionário”. Senhor da gratuidade, ajudai-nos a exercer a dimensão missionária de nossa vocação cristã com a oferta consciente e generosa do nosso dízimo, rezemos.

4-      É como Igreja, em comunhão com todos os batizados, que o cristão realiza sua vocação.  Deus de amor, renovai nossa vocação de batizados, firmando-nos em nossa fé, na partilha dos dons e da vida, como discípulos missionários, rezemos.
                     
14º Domingo do Tempo Comum
“Que sabedoria é esta que lhe foi dada”
07 e 08 de julho de 2012

Monição inicial
Amados irmãos e irmãs, sejam bem-vindos à celebração da Páscoa semanal do Senhor Ressuscitado e da vida da nossa comunidade que se reúne para ouvir a sua Palavra e repartir o Pão consagrado. Hoje o Senhor nos convida a assumirmos nossa missão de profetas, mesmo diante das possíveis rejeições que sofreremos pela fidelidade ao chamado que Ele nos faz.

Nesta Eucaristia queremos reabastecer nossos corações com a graça e a sabedoria de Deus para seguirmos em missão.  “A própria comunidade cristã deve ser o anúncio da Boa Nova, pois o mensageiro é também a Mensagem”.
Com a nossa participação consciente no Dízimo torna-se possível o anúncio do Evangelho aonde os mensageiros são enviados a se fazer presentes como Jesus, cheio de graça e de verdade.
Movidos pela fé, iniciemos nossa celebração.


Oração dos Fiéis                                                                                                                       
Pres: Caríssimos irmãos e irmãs, com humildade, peçamos ao Pai que venha ao encontro da fé de tantos cristãos, discípulos e missionários do mundo de hoje.
R:  Aumentai em nós, Senhor, o desejo pela missão!

1-      Pela santa Igreja, chamada a ser coluna e sustentáculo da verdade. Animai-a, Pai de amor, em sua missão de pregar a verdade da salvação em meio a tantas adversidades e rejeição. Oremos com fé.

2-      Pelas comunidades paroquiais de nossa Diocese de Taubaté. Fortalecei, Deus da confiança, a nossa paróquia e suas comunidades, para que tenham sempre coragem profética, a fim de enfrentar as resistências e as críticas que dificultam o anúncio do Evangelho. Oremos com confiança.

3-      Por todos os missionários, especialmente os que não são bem acolhidos nas terras de missão. Dai, Senhor, a recompensa a todos que doam sua vida pela causa do vosso Reino Oremos com esperança.

4-       Abençoai, Senhor, todos os dizimistas da vossa Igreja, porque, com sua oferta responsável,  ajudam a manter nossa comunidade local e as obras missionárias da Igreja. Oremos com gratidão.


15º Domingo do Tempo Comum
“Jesus envia os Apóstolos”
14 e 15 de julho de 2012

Monição inicial

Irmãos e irmãs em Cristo, paz e bem a todos vocês que vieram participar deste encontro fraterno e celebrar o grande mistério de nossa fé. Queremos abrir nossos corações para a missão, a exemplo de Jesus Cristo, O missionário do Pai.
A grandeza da missão a ser realizada exigiu de Jesus contar com a ajuda de amigos. Ele chama os doze apóstolos e os envia ao povo necessitado de saúde, paz e vida. Hoje, Ele nos confia a continuidade dessa missão.
 “A Igreja existe para os outros e precisa ir a todos”.  Retomando a nossa reflexão sobre o Dízimo, conscientes que somos cristãos para a missão e para o compromisso, busquemos a força na Eucaristia, pois somos enviados aos irmãos como testemunhas do que aqui celebramos. Orando e partilhando daquilo que temos, como dizimistas, participamos do profetismo da “Igreja em estado permanente de missão”.

Cantemos, dando inicia a nossa celebração.

Ato Penitencial Sugestão para o 3º domingo, ou “domingo do dízimo” conforme escolha da comunidade.
 (se puderem, de joelhos)
PRES: Deus de infinita Misericórdia, colocamos em sua presença o nosso coração e todo o nosso ser. Queremos ser melhores. Venha em nosso auxílio e socorrei-nos em nossas misérias e limitações:
- Pelas vezes em que não fomos fiéis à Palavra e à nossa missão, ignorando o chamado de profetizar os valores do Reino, e  não Vos honramos com os nossos bens, Senhor tende piedade de nós.
- Pelas vezes em que deixamos o egoísmo, a vaidade e o comportamento consumista sobreporem-se à busca pela santidade, levando-nos à falta de comprometimento com os irmãos, Cristo tende piedade de nós.
- Pelas vezes em que rejeitamos, em nosso meio, a prática do bem, do amor e da caridade, tornando-nos indiferentes ao compromisso de nosso dízimo, Senhor tende piedade de nós.


Oração do Fiéis
Pres: Irmãos e irmãs, supliquemos ao Senhor que envie seu Espírito sobre nossa Igreja e sobre todo o mundo.
R: Senhor, na força do Espírito Santo, capacitai-nos para a missão!

1.      Deus da unidade, pedimos pela Santa Igreja. Que ela tenha coragem de ir ao encontro de todos os que se afastaram do vosso amor e testemunhe fielmente a presença viva de Cristo. Suplicamos:

2.      Senhor, fonte de toda graça, revigorai o Santo Padre o Papa Bento, o nosso Bispo Carmo João e todo o clero. Concedei-lhes, pela ação do Espírito Santo, a graça da santidade e o desprendimento para o anúncio corajoso da Boa Nova de Jesus. Suplicamos.

3.      Deus de ternura, ajudai-nos a sermos fiéis na partilha, sobretudo, com o nosso dízimo, fruto do vosso amor em nós e nossa resposta de fé. Suplicamos.

4.      Deus de misericórdia, ensinai-nos a sermos mensagem viva e dinâmica do vosso amor em permanente estado de missão nos diversos ambientes de nossa sociedade. Suplicamos.



16º Domingo do Tempo Comum
“Eram como ovelhas sem pastor”
21 e 22 de julho de 2012

Monição inicial

Caríssimos amigos e irmãos, sejam bem-vindos ao encontro na casa do Pai. Reunidos como filhos e filhas muito amados de Deus, celebremos o mistério pascal de Cristo.
Nesta Eucaristia, contemplamos Jesus, o Belo Pastor, que se revela íntimo e próximo dos discípulos, e se compadece, transmitindo ternura à multidão faminta, pois eram como ovelhas sedentas por um pastor que as conduzisse pelos caminhos da vida.

Rezemos por todos os dizimistas de nossa Diocese, que pela sua doação e partilha, tornam possível o projeto de evangelização. O Dízimo tem por objetivo suscitar em cada batizado a consciência missionária, a qual  interpela o discípulo a sair ao encontro de todas as pessoas, nos diversos âmbitos da sociedade, para lhes comunicar o dom do encontro com Cristo.
Que a nossa participação nesta Eucaristia nos ajude a ser a presença amorosa do Bom Pastor na comunidade e nos impulsione a retribuir com alegria tudo que dele recebemos. Iniciemos nosso encontro com o Senhor!


Oração dos Fiéis

Pres:  Irmãos e irmãs, para que a Igreja e os povos da terra escutem e sigam o verdadeiro pastor, que quer salvar todos os homens, oremos  com fé:

1- Suplicamos pela Igreja santa, para que glorifique a presença de Deus em meio à humanidade e anuncie em toda parte o Evangelho com desprendimento e acolhida dos mais necessitados.  Em silêncio e em paz, oremos irmãos.

Faz-se alguns instantes de silêncio, em seguida o coral canta:
Todos: Cristo, ouvi-nos, Cristo, atendei-nos.


2- Conduzi, Senhor Jesus, a nossa paróquia, para que viva em união com os nossos pastores locais: nosso Bispo Dom Carmo, nosso pároco e todo o clero. Em silêncio e em paz, oremos irmãos.

Faz-se alguns instantes de silêncio, em seguida o coral canta:
Todos: Cristo, ouvi-nos, Cristo, atendei-nos.


3- Divino Mestre Jesus, tende compaixão das multidões que ainda não fizeram a experiência do vosso amor misericordioso, para que cheguem ao conhecimento da verdade. Em silêncio e em paz, oremos irmãos.

Faz-se alguns instantes de silêncio, em seguida o coral canta:
Todos: Cristo, ouvi-nos, Cristo, atendei-nos.


4- Senhor Ressuscitado, que o nosso compromisso com a ação evangelizadora da Igreja transforme nosso coração, para que possamos viver com maior intensidade os gestos de partilha e solidariedade. Em silêncio e em paz, oremos irmãos.

Faz-se alguns instantes de silêncio, em seguida o coral canta:
Todos: Cristo, ouvi-nos, Cristo, atendei-nos.


17º Domingo do Tempo Comum
“Jesus nos alimenta e nos ensina a partilhar”
28-29 de julho de 2012

Monição inicial

Amados irmãos e irmãs, é muito bom nos reunirmos diante do altar do Senhor e celebrar a nossa páscoa semanal, fazendo memória da presença de Cristo ressuscitado e vivo no meio de nós.
Somos agradecidos por esse encontro com o Senhor, o Pão da vida, que sacia a nossa fome e sede de Deus, e suscita em nossos corações o desejo de viver no amor e na generosidade.

Encerrando o mês de conscientização do dízimo em nossa Diocese de Taubaté, rendemos louvores e gratidão ao nosso Deus pela pastoral do dízimo e por todos os dizimistas. Partilhando de nossos dons e de nossos bens com a comunidade cristã, damos continuidade a ação evangelizadora da Igreja, que exige o testemunho de amor, partilha e solidariedade para que o mundo creia.
Que nosso Dízimo seja expressão do nosso comprometimento com a Palavra de Deus, e possa motivar mais pessoas a fazerem essa experiência de fé.
Unidos a todos os que partilham com alegria, iniciemos nossa ação de graças.



Oração dos Fiéis

Pres: Irmãos e irmãs, oremos com fé a Deus Pai por intermédio de Jesus Cristo nosso Salvador, pelas necessidades de todos os homens:

R: Abençoai, Senhor, o vosso povo!

1- Senhor, iluminai a vossa Igreja, para que seja sempre sinal da vossa generosidade, dando a todos o Pão da Palavra, da Eucaristia e aquele do serviço da caridade. Rezemos.

2- Senhor, fortalecei todos aqueles que estão a serviço na Pastoral do Dízimo, todas as pessoas que lutam pelos que tem fome de pão e de esperança e pelos que repartem os seus bens com os mais pobres. Rezemos.

3- Senhor, abençoai a nossa caminhada de fé e pastoral. Que sejamos discípulos missionários construtores da unidade da fé, alimentando a esperança e a busca da justiça e da igualdade. Rezemos.

4- Senhor, que nossa participação na Eucaristia nos ajude a viver plenamente no amor, inspirando-nos a praticar a generosidade e a assumir o compromisso cristão de evangelizar com renovado ardor missionário. Rezemos.

reflexões sobre o uso do projetor multimídia na Liturgia


por diácono Jesus de Aguiar Silva 
(reflexões no encontro diocesano de Liturgia - 17 de julho de 2012)          
 
 A Liturgia aponta para Cristo
 
            Na liturgia celebramos o Misterium-Sacramentum. Ao longo do tempo ambos tiveram o mesmo significado até que separaram-se os sentidos, assim Mysterium adquiriu conotação de mistério (revelado-escondido), enquanto Sacramentum denotou sinal da presença do Cristo na vida humana. Afinal de contas o que celebramos? A presença de Deus na história que se deu por meio de seu Filho amado, Jesus. Dessa forma, em cada missa celebramos a memória (anamnese) da única oferta e o sacrifício de Jesus Cristo (Verbo feito carne) para salvação da humanidade, ele é o caminho, verdade e vida. É Jesus quem nos revela o Pai por meio de seu Espírito, é como repetimos em cada missa na doxologia “por Cristo, com Cristo e em Cristo, a vós Deus Pai todo-poderoso na unidade do Espírito Santo, toda honra  e toda a glória, agora e para sempre. Amém”.
            O Evangelho de João apresenta Jesus como “Palavra/Luz” (cf. Jo 1,1.5) presente desde a origem do mundo, e que tomou forma humana como nos descreve a Escritura nos dizendo sobre a missão de Cristo  “que nos amou ao extremo” (cf. Jo 13,1), e que saiu de Deus e para ele retornou (cf. Jo 13,3).  É esse Mistério que celebramos, a Palavra de Deus encarnada e que dá sentido a vida humana. Só conhecemos o Pai, porque o Filho nos revelou. Jesus é o belo pastor que nos apresenta a beleza que provém de Deus.
            O homem: Com a sua abertura à verdade e à beleza, com o seu senso do bem moral, com a sua liberdade e a voz da sua consciência, com a sua aspiração ao infinito e à felicidade, o homem se interroga sobre a existência de Deus. Nestas aberturas percebe sinais da sua alma espiritual. Como “semente de eternidade que leva dentro de si, irredutível à só matéria”, sua alma não pode ter sua origem senão em Deus.[1]

            A Liturgia (rito) e os fieis na hodiernidade
 
            Durante a liturgia ocorre um diálogo entre Deus e o ser humano, há momentos durante a missa em que ouvimos a Deus (por meio do presbítero – que é a pessoa de Cristo – e dos demais ministros) e existem momentos que respondemos a Deus por meio das orações. Assim, dentro do culto temos a mesa da Palavra e a mesa da Eucaristia.
            A Igreja é anunciante desta Palavra, de maneira particular na liturgia, onde no Centro está o grande Mistério Pascal, nEle estão intimamente ligados todos os mistérios de Cristo. Assim, Palavra e Sacramento estão sempre juntos, “pois não há separação entre o que Deus diz e faz”[2].
            Nesse sentido, celebrar esse Mistério (que é o próprio Jesus), requer que o façamos com  beleza interior e que também implica dizer que nossas expressões e externalizações durante a celebração devam ser permeadas de uma estética, que reluza uma beleza que se encontra em dois atributos humanos: simplicidade e sinceridade.
            Na estrutura da missa temos:  Entrada (dá início a celebração / introduz ao Mistério  a ser celebrado), Saudação (o Presbítero inicia com o beijo o altar / saúda o povo),  Ato Penitencial (momento de reconhecermo-nos arrependidos para celebrar o Mistério), Senhor, tende piedade (imploramos a misericórdia de Deus), Glória a Deus  nas Alturas (glorificamos e suplicamos a Deus Pai e ao Cordeiro através do Espírito Santo), Oração do Dia – Coleta – (Somos convidados a rezar em silêncio), Liturgia da Palavra (Deus fala ao povo, é o alimento espiritual que é a própria Palavra – é necessário o silêncio para favorecer a meditação -), Profissão de Fé (tem por objetivo nos levar a responder à Palavra de Deus), Oração Universal (Oração dos fieis, em que rezamos pela Igreja, pelos governantes, pelos que sofrem, por todos seres humanos e pela salvação do mundo inteiro) || Liturgia Eucarística (Recebe-se  o pão e o vinho, símbolo do sacrifício de Cristo instituído na ceia pascal, sacrifício de Jesus na Cruz, que se entregou aos seus discípulos para que o fizessem em sua memória), Oração Sobre as Oferendas (conclui a preparação dos dons – pão e vinho – fruto do suor humano que são apresentados ao Senhor), Oração Eucarística (centro e ápice da celebração, prece de ação de graças e santificação. Exige-se silêncio, alguns elementos: Ação de graças, aclamação, epiclese, narrativa, anamnese, oblação, intercessões, doxologia), Rito da Comunhão (Corpo e Sangue de Cristo seja recebido pelas pessoas preparadas), A Oração do Senhor (pede a purificação dos pecados, a fim de que as coisas santas sejam verdadeiramente dignas de serem recebidas por nós), Rito da Paz (implora a paz e a comunhão eclesial, antes de comungar do Sacramento), Fração do Pão (gesto realizado por Cristo na última ceia, relembra-nos comunhão no único pão da vida, que é  o próprio Cristo), Comunhão (tanto o presbítero como o povo recebe o Corpo e Sangue de Cristo), Ritos de Encerramento (breves comunicações, saudação e benção, despedida do povo, beijo no altar).[3]

            Considerações finais sobre o rito e a utilização de multimídia

            Como vimos acima a missa possui uma estrutura e esta é acompanhada de alguns elementos que podem ou não ajudar: folhetos ou multimídia. E é sobre isso que vamos falar agora: Quando usar o multimídia, em que momentos?
            Diante do que percebemos na descrição do rito da missa, há momento para o povo responder, há momentos para silenciar e há momentos para contemplar.
            Assim, seguem-se algumas sugestões para ajudar a viver melhor o Mistério na liturgia:
1)      Uso de Multimídia: Entrada, Oração Universal, Ritos de Encerramento e durante os cantos, ou numa para-liturgia (eventual).
2)      Momento de silêncio/contemplação (ouvir/rezar no coração):, Liturgia da Palavra, Liturgia Eucarística, Sobre as Oferendas, Oração Eucarística, , Comunhão, Ritos de Encerramento.
3)      Expressão (participação dizível): Saudação, Ato Penitencial, Glória a Deus nas alturas, Profissão de fé, Oração Universal, Oração do Senhor, Rito da Paz, Ritos de Encerramento. Obs.: E os amém (s) em outros momentos.

            Diante do que foi descrito, qual a finalidade de tentar expressar aqui sistematicamente os momentos? Justamente para nos ajudar a rezarmos com mais qualidade. Os gregos, principalmente na filosofia Platônica, almejavam a ideia do belo, do justo e do verdadeiro, Aristóteles dizia da busca humana pela felicidade (eudaimonia). Assim, ao celebrarmos o Mistério, nos deparamos com todas essas realidades apresentadas pelos sábios gregos. Em Cristo está a nossa realização, mas pra tudo na vida há ambiências diferentes. Da mesma forma que num velório implica “um momento fúnebre”, o aniversário denota “alegria, festa”, ao nos prepararmos para dormir “silêncio”, o Mistério por meio da liturgia pede-nos  “respeito pelos diversos momentos nele contidos”.
            Portanto, o uso de multimídia na celebração pode “ser bom” quando respeita as normas litúrgicas e “mau” quando não colabora para a vivência do Mistério dentro do culto. Saibamos utilizar com prudência que certamente os frutos virão ao seu tempo.


[1]    CEC, 33
[2]    VD, 53
[3]    Basei-me em: ________, Introdução Geral do Missal Romano e Introdução ao Lecionário (CNBB), p.49-67.