quarta-feira, 25 de abril de 2012

Presença real de Cristo na Eucaristia e na Palavra - 2ª parte


Presença real do Cristo na Palavra e na Eucaristia


O mistério da Palavra assim como o mistério da Eucaristia levam, os dois, ao mistério do Cristo Jesus. Eles têm a mesma importância no sentido de que ambos são epifania do Ressuscitado. É com prazer que Jerônimo (+ 419/420) se empenha em lançar a identificação entre Palavra e Eucaristia quando explica: “Quanto a mim, penso que o Evangelho é o corpo do Cristo e que a Sagrada Escritura é sua doutrina. Quando o Senhor fala em comer sua carne e beber seu sangue, é certo que fala do mistério (da Eucaristia). Entretanto seu verdadeiro corpo e seu verdadeiro sangue são (também) a Palavra da Escritura e sua doutrina”.
A mesma presença do Cristo que habita a Escritura, habita também a Eucaristia. É, pois, com razão que podemos falar de uma presença real do Cristo na Palavra, tão real quanto da Eucaristia. Na sua encíclica Mysterium fidei centrada na Eucaristia, que insiste muito a propósito da presença real do Cristo na Eucaristia, Paulo VI explica que esta presença real eucarística não exclui os outros modos de presença real: “Esta presença, chamamo-la de real não a título exclusivo como se as outras presenças não fossem reais, mas, por excelência, porque ela é substancial”. Há portanto uma presença real de Cristo na Eucaristia, presença que é substancial por excelência, mas há também uma presença real do Cristo na sua Palavra, que é igualmente “real”, embora não substancial. Precisemos os dados. A presença “real” do Cristo na Eucaristia é chamada substancial: está ligada à substância do pão. Ela perdura durante todo o tempo que dura a celebração eucarística, de um lado, e, de outro, mesmo depois da celebração, tanto tempo quanto perdurem as “espécies” do pão. Na celebração da Palavra, ao contrário, a presença real do Cristo na Palavra dura tanto tempo quanto dure a celebração da Palavra, mas ela cessa quando a celebração termina e a assembleia se dispersa, permanecendo apenas no coração dos fiéis que retamente escutaram a Palavra e buscarão colocá-la em prática. Nos dois casos, entretanto, a presença do Cristo é uma presença real.
Numerosos são os pontos em comum entre o mistério da Palavra e o da Eucaristia: Em uma, o Cristo está presente sob o “véu” das palavras humanas. Noutra está presente sob o “véu” do pão e do vinho. em uma, o Espírito transfigura as palavras humanas em palavras inspiradas, fá-las aceder ao plano superior da Revelação, coloca-as no tesouro da Palavra de Deus. Noutra, este mesmo Espírito, na epiclese litúrgica, consagra o pão e o vinho em Corpo e Sangue do Cristo e os faz aceder ao domínio da criação transfigurada pela divindade. Em uma, a ressurreição de Jesus, operada pelo Espírito, torna-se o princípio primeiro da inteligência da Escritura. Noutra, esta mesma ressurreição confere seu sentido último à Eucaristia, corpo de Cristo ressuscitado e sacramento de vida pascal. Numa, a Palavra é princípio de vida eterna. “Tu tens palavras de vida eterna”, clama a fé cristã ao Cristo Jesus (Jo 6,68). Noutra, o mesmo pão vivo descido do céu destrói as fronteiras da morte e dá a vida eterna (Jo 6,51). 
“Parti o mesmo pão, escreve Inácio de Antioquia, este pão é remédio de imortalidade, antídoto contra a morte, faz viver eternamente.”

Em termos bíblicos, poderíamos desenvolver a temática acima a partir da conhecida passagem evangélica dos discípulos de Emaús.                                                               Continua...

terça-feira, 24 de abril de 2012

presença real de Cristo na Eucaristia e na Palavra - 1ª parte


Papa Paulo VI entronizando o livro dos Santos Evangelhos durante o Concílio Ecumênico Vaticano II        






Palavra e Eucaristia 
Embasamento Teológico para as implicações litúrgicas da relação entre Palavra proclamada e a celebração da Eucaristia

distinção entre "presença real" e "presença substancial" 
culto de adoração a Eucaristia; culto de veneração a Palavra 

 A Palavra de Deus é presença real de Jesus Cristo! Uma afirmação desta ordem pode surpreender. A adoração devida à Eucaristia não deve ser, ao pé da letra, incomparável? A devoção cristã não esteve sempre voltada, como que atraída, para o “Santíssimo Sacramento”? De fato, ninguém ousaria fazer uma tal afirmação se ela não tivesse sido um ensinamento explícito do Concílio Vaticano II:
            “A Igreja sempre venerou a Sagrada Escritura da mesma forma como o próprio Corpo do Senhor, ela que não cessa, sobretudo na Sagrada Liturgia, de receber o Pão da vida na mesa da Palavra e sobre a mesa do corpo do Cristo, para oferecê-lo aos fiéis” (DV 21).
A Palavra de Deus é, portanto, tão venerável quanto o Corpo Eucarístico de Jesus Cristo. Quem “comunga” da Palavra, como aquele que comunga da Eucaristia, comunga do mesmo Senhor. E a veneração que é devida à Palavra, como a que é devida à Eucaristia, é a mesma que é devida a Cristo Jesus.
De fato, o ensinamento do Vaticano II, que pode assustar – como dizíamos acima – , surpreendeu até mesmo alguns Padres conciliares. Muitas emendas foram propostas ao texto conciliar. Censuravam-no por “assemelhar muito” (nimis assimilare)  Palavra e Eucaristia. Temia-se que a veneração pela Palavra fosse fazer sombra à devoção para com a Eucaristia. Estas emendas foram todas rejeitadas. Com razão. Porque o Concílio não fazia outra coisa senão retornar o ensinamento constante da tradição e da teologia cristãs.
Neste horizonte é bom ampliar a reflexão com as palavras de Bento XVI na Verbum Domini 55, que por sua vez recorda as palavras da Introdução geral do Lecionário: “à palavra de Deus e ao mistério eucarístico a Igreja tributou, quis e estabeleceu que, sempre, e em todo lugar, se tributasse a mesma veneração embora não o mesmo culto”. Isso significa que a veneração é a mesma: Cristo presente; mas o culto é diverso, pois, enquanto na Eucaristia a presença de Cristo é substancial (a substância do pão deixa de existir para dar lugar à substancia de Cristo, mesmo permanecendo a sua forma de pão), na Palavra não. Consequência prática deste princípio teológico é a adoração que prestamos às espécies eucarísticas, presença real e substancial de Cristo; e a veneração ao livro e à palavra proclamada, que não são objetos de culto de adoração (como a Eucaristia) por não serem presença substancial, mesmo que real. Veneramos igualmente Palavra e Eucaristia por serem Cristo presente; com o diferencial culto de adoração à Eucaristia por se tornar a substância de sua presença.Esta reflexão será importantíssima para as conclusões litúrgicas que dela derivarão...   continua...

sábado, 21 de abril de 2012

A CRUZ E O MISTÉRIO PASCAL
é preciso ter uma Cruz junto ao altar? Por quê?


É de grande importância a presença de UMA cruz visível aos fiéis durante as celebrações litúrgicas.

A Celebração da Eucaristia é uma "atualização memorial", torna presente o mistério da entrega que Jesus faz de sua vida para que nós tivéssemos vida.
Seres humanos que somos, necessitados de símbolos que nos ajudem a "enxergar" o mistério que celebramos, precisamos da imagem da cruz - não para cultuarmos a imagem de um Deus morto, nem mesmo para nos prendermos apenas ao aspecto do sofrimento, da dor e da morte, mas para visibilizar a "entrega" do Senhor: "assim como eu vos amei, também vós devereis vos amar uns aos outros", com a mesma radicalidade, abraçando até as últimas consequências de fidelidade ao projeto do Pai ao nosso respeito, porque "Ele nos amou por primeiro!". Só conseguirá amar como Ele amou, aquele que se aproximar da ceia eucarística. Por isso o altar, que também é símbolo da cruz - pois nele o Senhor continua a se entregar a nós - também é sinal de banquete de festa, de alegre refeição ao redor do Mestre que nos orienta, corrige e alimenta pela celebração eucarística (com as "mesas" da Palavra e do Pão Eucarístico).

Logo, a cruz e o altar deverão, pelo seu formato, pela sua proximidade e pelo seu uso, recordar estas duas realidades que não se excluem mas se complementam: é a paixão salvadora e amorosa do Salvador que se atualiza no altar (para se atualizar também em nossa vida); é a ceia, banquete, a Festa da Vida que nos revigora em nosso compromisso de vivermos aquilo que no altar celebramos: a Páscoa de Cristo que deverá fortalecer as nossas diversas Páscoas (as passagens do pecado para a graça; do egoísmo para a amizade desinteressada; do individualismo para a alteridade, etc.)


Consequências práticas...
O mistério pascal é único, assim como deve ser único o sinal que o recorda. É errôneo manter em um mesmo espaço celebrativo mais de uma cruz. Até mesmo um costume que se tem popularizado de "uma cruz voltada para o povo, uma cruz voltada para o padre" é uma prática equivocada, e pesa a favor deste argumento os princípios celebrativos da Igreja de Roma: uma única cruz, e esta, no caso da liturgia daquela Igreja, voltada para quem preside. A cruz processional, ao término de sua função - abrir a procissão de abertura da celebração - é recolhida. 
Pesam também a favor deste argumento os princípios enunciados nos documentos da Igreja. Ei-los:

Cerimonial dos Bispos, cerimonial da Igreja (129): ao tratar da cruz processional: "É de louvar que a cruz processional fique erguida junto do altar; de modo a ser a própria cruz do altar [e, consequentemente, única no espaço celebrativo]; caso contrário [se há uma outra cruz presente neste espaço], a cruz processional será retirada.

Introdução geral do Missal Romano  
(268): ao tratar da celebração Eucarística como banquete: "Em reverência para com a celebração do memorial do Senhor e o Banquete em que se comungam o seu Corpo e o seu Sangue, ponha-se sobre o altar ao menos uma toalha, que combne, por seu formato, tamanho e decoração, com a forma do mesmo altar". Interessante neste tópico que se respeite o formato do altar. O que é mais importante: o altar ou a toalha que sobre ele se coloca? Logo, a toalha precisa valorizar o altar, nunca escondê-lo. A simplicidade é mais eloquente do que o esbanjamento.

(269): ao tratar dos castiçais sobre ou junto ao altar: "Os castiçais requeridos pelas ações litúrgicas para manifestarem nossa reverência e o caráter festivo da celebração, sejam colocados, como parecer melhor: sobre o altar ou junto dele, levando em conta as proporções do altar e do presbitério, de modo a formarem um conjunto harmonioso e que não impeça os fiéis de verem aquilo que se realiza ou se coloca sobre o altar". Uma coisa é ter uma igreja, um presbítério e um altar com as dimensões da basílica vaticana ou a catedral de Taubaté; outra coisa é termos um altar mais modesto em dimensões e que necessita de uma toalha, castiçais e cruz que também respeitem a característica própria daquele espaço celebrativo. Bom senso é sumamente necessário para se discernir: quantidade de castiçais, o tamanho dos mesmos e também a sua posição: sobre o altar ou ao seu redor. Os critérios que deverão nortear a opção feita nunca poderão ser o gosto pessoal do responsável da comunidade ou "modismos litúrgicos" seja da atualidade ou seja do passado. O nº 269 da IGMR nos apresenta tais critérios: "formar um conjunto harmonioso" e "não impedir os fiéis de verem aquilo que se realiza ou se coloca sobre o altar": Evangeliário, pão e vinho. 
Quanto ao número de castiçais, a IGMR também apresenta suas recomendações: (79) "Sobre o altar ou ao seu redor, coloquem-se no mínimo 2 castiçaiscom velas acesas, ou então quatro ou seis. Quando celebrar o Bispo diocesano, colocam-se sete. Haja também uma cruz sobre o altar ou perto dele. Os castiçais e a cruz podem ser trazidos na procissão de entrada". Ou seja, para a celebração da Eucaristia, prescreve-se 2 velas. Se a estrutura da igreja, presbitério e altar permitir, nas solenidades maiores, pode-se colocar 4 ou 6 velas, seja sobre, seja próximo ao altar. Sete velas deverá ser colocada somente quando o Bispo diocesano presidir - honrando a plenitude do sacerdócio de Cristo presente nele. Contudo, se a estrutura do espaço celebrativo não permite, prefira-se a bela sobriedade de apenas 2 velas mesmo com a presença do Bispo do que 7 velas que escondem a beleza do local e do mistério que aí se celebra.  


(270): ao tratar da cruz: "Haja também sobre o altar ou perto dele UMA cruz que seja bem visível para a assembleia reunida". Mais uma vez recorde-se a "regra de ouro" do bom senso: Haja UMA única cruz no espaço celebrativo, e que esta seja valorizada, seja por suas dimensões - sempre buscando o equilíbrio com todo o espaço e demais objetos nele presentes - e que esteja ou sobre o altar, ou perto dele.
O nº 236 da IGMR ainda prescreve que "se a cruz estiver sobre o altar ou junto dele [logo, NUNCA uma cruz "sobre" o altar e outra "junto dele", mas sempre "ou" sobre, "ou" perto], é incensada antes do altar; se estiver atrás dele, o sacerdote a incensa quando passa diante dela". 

Anunciamos, Senhor, a vossa morte, e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde Senhor Jesus!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O "Aleluia Pascal" - sentido espiritual


O Aleluia Pascal
“Podemos considerar duas fases da nossa existência: a primeira, que acontece agora em meio às tentações e dificuldades da vida presente; e a segunda, que virá depois, na segurança e alegria eterna. Por isso, foram instituídas para nós duas celebrações: a do tempo antes da Páscoa (quaresma) e a do tempo depois da Páscoa.
O tempo antes da Páscoa representa as tribulações que passamos nesta vida. O que celebramos depois da Páscoa, significa a felicidade que alcançamos na vida futura. Portanto, antes da Páscoa celebramos o que estamos vivendo; depois da Páscoa celebramos o que viveremos. Eis por que passamos o primeiro tempo em jejuns e orações; no segundo, porém, que estamos celebrando, deixando os jejuns, nos dedicamos ao louvor de Deus. É este o significado do Aleluia que cantamos.
Em Cristo, nossa cabeça, ambos os tempos foram figurados e manifestados. A paixão do Senhor mostra-nos as dificuldades da vida presente, em que é preciso trabalhar, sofrer e por fim morrer. A ressurreição e glorificação do Senhor nos revelam a vida que um dia nos será dada.
Agora, pois, irmãos, vos exortamos a louvar a Deus. É isto o que todos nós exprimimos mutuamente quando cantamos: Aleluia. Louvai o Senhor! Dizemos nós uns aos outros. E assim todos põem em prática aquilo que se exortam mutuamente. Mas louvai-o com todas as vossas forças, não só com a língua e a voz, mas também com a vossa consciência, vossa vida, vossas ações.
Na verdade, louvamos a Deus quando nos encontramos reunidos na igreja. Mas logo ao voltarmos para casa, parece que deixamos de louvá-lo. Não deixes de viver santamente e louvarás sempre a Deus. Deixas de louvá-lo quando te afastas da justiça e do que lhe agrada. Mas se nunca te desviares do bom caminho, ainda que tua língua se cale, tua vida clamará; e o ouvido de Deus estará perto do teu coração. Porque assim como nossos ouvidos escutam nossas palavras, assim os ouvidos de Deus escutam nossos pensamentos".

Dos Comentários sobre os salmos, 
de Santo Agostinho, bispo.

Encontro Diocesano de Liturgia
“A Palavra de Deus celebrada” - Laboratório Litúrgico e uso do Data-show.

Aos coordenadores de liturgia e canto ritual de nossas paróquias e comunidades maiores,
e aos responsáveis pelo uso do "data-show" nas celebrações litúrgicas.


Convite para a celebração de instituição de ministérios do Leitorado e Acolitato

Aos amigos da Comissão Diocesana de Liturgia, fazemos especial menção ao seminarista Diego, conhecido de todos pelo seu estágio pastoral realizado já a alguns anos com a pastoral litúrgica da Diocese e que receberá o ministério do Acolitato. Participe deste momento da nossa Igreja de Taubaté.
Reze pelos seminaristas de nossa Igreja Particular.

03 de maio de 2012
19h
Igreja matriz de Santa Luzia - Taubaté

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Missa de Domingo é igual às missas feriais?


Por que o Domingo é tão importante?



O “primeiro dia da semana” tornou-se dia do Senhor – Domingo. Portanto, agora é do Senhor este dia! Isto significa: Este é um dia especial, "primordial", no dizer do Concílio Vaticano II (SC 106), em que as comunidades cristãs, reunidas em assembleia, fazem esta experiência: O Senhor Jesus Cristo está vivo em nós, como diz São Jerônimo, cheio de entusiasmo: “O Domingo é o dia da ressurreição, o dia dos cristãos; é o nosso dia".

Como celebramos este dia semanal da Páscoa, chamado Domingo? Pelo descanso, pelo lazer, pela diversão – pois Jesus Ressuscitado se faz presente na vida de seus amigos por meio de todas estas realidades – e, sobretudo, pela Eucaristia, pois nela celebramos precisamente a memória daquilo é a essência mesma do dia do Senhor: Páscoa!... “Anunciamos, Senhor, a vossa morte, e proclamamos a vossa ressurreição...”. É neste dia que Jesus continua a nos falar mediante a Palavra proclamada.  Neste dia os cristãos celebram a sua páscoa semanal, também pelo repouso, pois, pelo repouso dominical, que renova nossas energias, celebramos (evocamos, simbolizamos) o repouso total que a Páscoa de Cristo nos garantiu a partir deste dia. Por fim, celebramos este dia como um dia de festa, por ser o dia mais bonito da semana: dia do Sol verdadeiro, dia da eternidade, dia do Espírito Santo que reúne e anima nossas assembleias, dia do Evangelho e da evangelização, dia da solidariedade pela visita aos doentes e participação em mutirões, dia da própria natureza em festa recebendo nossa visita[1].
O domingo é tão especial que a celebração da eucaristia desse dia se reveste de uma solenidade maior que a mesma eucaristia celebrada durante a semana. Os ritos iniciais e os ritos próprios da Liturgia da Palavra da celebração dominical externalizam a distinção que deve haver entre missa dominical e missa ferial. Eis, pois, os ritos que distinguem a celebração solene da Eucaristia do Domingo dos demais dias de semana segundo a Introdução Geral do Missal Romano a Introdução Geral do Elenco das Leituras da Missa e a Exortação Apostólica Verbum Domini de Bento XVI:
v           Procissão do Evangeliário durante a abertura da celebração e sua deposição sobre o altar, seja pelo diácono, seja pelo leitor, diferindo das missas feriais que não apresentam este rito, visto que o Evangeliário contém apenas os Evangelhos dos domingos, solenidades e festas;
v           Eventualmente o rito de aspersão que, aos domingos, poderá substituir o ato penitencial;
v           Canto do Glória exclusivamente aos Domingos – exceto nos tempos penitenciais – solenidades e festas, logo, erroneamente entoado nas missas feriais;
v           Mesa da Palavra mais “abundante”, com 3 leituras, diferindo das missas feriais que apresentam apenas a 1ª leitura e o Evangelho;
v           A conclusão Palavra do Senhor das leituras, com sua resposta, seja cantada pelo mesmo leitor ou mesmo por outro ministro, afim da assembleia honrar a palavra de Deus recebida;
v           Procissão com o Evangeliário durante o canto do aleluia, transladado do altar ao ambão pelo diácono ou, na falta deste, por um concelebrante ou então pelo próprio presidente da celebração;
v           Homilia mais esmeradamente preparada;
v           Profissão de fé;
v           Oração dos fiéis;
v           Momentos de silêncio após as leituras, o Evangelho e a homilia;
 Com uma correta valorização da missa dominical por meio da celebração de cada rito próprio deste dia solene, far-se-á a necessária distinção das celebrações feriais, mais sucintas, como convém a uma assembleia composta em sua maioria de cristãos que procuram conciliar uma vida de espiritualidade com as demais realidades de família, trabalho, estudo, e que, por todos estes motivos, também terão o alento de uma celebração eucarística mais rápida no decorrer da semana.
Todavia, não se pretende aumentar a importância dos ritos nem colocá-los num pedestal de honra. São apenas ritos: eles valem, portanto, pela devoção interior que os inventa, que os realiza, ou que eles suscitam. Uma celebração pode alcançar plenamente sua finalidade – a Aliança com Deus – sem nenhuma cerimônia ritual, como também sem nenhum canto ou música. Porém, canto, música e ritos não só podem como nos aproximam de Deus. Eis o que dá fundamento à dignidade dos ritos. 




[1] Frei José Ariovaldo da Silva, OFM

terça-feira, 17 de abril de 2012

rito para apagar o círio pascal - SOLENIDADE DE PENTECOSTES


 
Antecipadamente apresentamos o 
RITO PARA APAGAR O CÍRIO PASCAL, 
afim de que nossas comunidades possam preparar-se antecipadamente para a conclusão deste tempo tão especial na vida da Igreja. 
 
Rito para apagar 
o círio Pascal 
no Domingo de Pentecostes
Terminada a oração depois da comunhão o sacerdote se dirige junto ao círio ainda aceso e faz uma breve introdução à liturgia da luz:

Irmãos e irmãs, 
na noite na qual se deu vida ao alegre tempo Pascal, 
o “dia de cinqüenta dias”, 
no momento de acender o Círio, nós aclamamos a Cristo nossa Luz.
E a luz do Círio pascal nos acompanhou nestes cinqüenta dias
e contribuiu não pouco a nos fazer recordar a grande realidade do Mistério pascal.
Hoje, no dia de Pentecostes,
ao fechar-se o Tempo da Páscoa, o Círio é apagado.                                                                                Este sinal nos é tirado,                 
também porque, educamos na escola pascal do mestre Ressuscitado                                                              e cheios do fogo dos dons do Espírito Santo
agora, devemos ser nós, “Luz de Cristo” que se irradia, 
como uma coluna luminosa, que passa no mundo,                                                                                    
em meio aos irmãos, para guiá-los no êxodo em direção ao céu, à “terra prometida” definitiva.
Veremos agora, no desenrolar do ano litúrgico,                                        
 resplender a luz do Círio Pascal sobretudo em dois momentos importantes do caminhar da Igreja:              
 Na primeira Páscoa que viverão os seus filhos com a recepção do Batismo,
e por ocasião da última Páscoa, quando, com a morte física, ingressarão na verdadeira vida.
O cantor, ou o diácono dirige-se ao ambão, e de lá canta as invocações a Cristo.

Cantor: Cristo, luz do mundo!                 
Todos: Demos graças a Deus!

Sacerdote: Cantando, em reto tom estas e as demais invocações
Ó Sol da justiça, raio bendito, primeira fonte de luz,                                                           
Ó ardente desejado, acima de tudo e de todos; 
poderoso, inescrutável e inevitável;                                                                                       
alegria do bem, visão da esperança satisfeita,                                                                 
louvado e celeste, Cristo Senhor,                                                                                               
Rei da glória, certeza da vida,            
preenche os vazios da nossa voz com a Tua Palavra onipotente, 
oferecendo-a como súplica agradável ao teu Pai altíssimo.
Cantor: Cristo, Luz do mundo!  
Todos: Demos graças a Deus!

Sacerdote: Esplendor da glória do Pai,  
que difunde a claridade da verdadeira luz, raio da luz, fonte de todo esplendor.  
Tu, dia que ilumina o dia, Tu verdadeiro sol, penetra com a tua luz constante  
e infunde nos nossos sentidos a chama do teu Espírito.
Cantor: Cristo, luz do mundo! 
Todos: Demos graças a Deus!
 
Sacerdote: Sois a lâmpada da casa paterna que ilumina com a luz ardente.
Sois o sol da justiça, o dia que jamais escurece, a luminosa estrela da manhã.
Cantor: Cristo, Luz do mundo!                                                                                      
Todos: Demos graças a Deus!

Sacerdote: Sois do mundo o verdadeiro doador da luz 
mais luminoso que o sol pleno.
Ilumina os profundos sentimentos do nosso coração.
Cantor: Cristo, Luz do mundo!              
Todos: Demos graças a Deus!

Sacerdote: Ó Luz dos meus olhos,  
doce Senhor, defesa dos meus dias.  
Ilumina Senhor o meu caminho, pois sois a esperança na longa noite.  
Ó chama viva da minha vida, ó Deus, minha luz.
Cantor: Cristo, Luz do mundo!                                                                                               
Todos: Demos graças a Deus!

Coral: Hino Pascal “Cristo Ressuscitou”          
 enquanto o coral entoa o hino de saudação ao Senhor Ressuscitado, o presidente da celebração incensa o círio ainda  aceso.
Cristo ressuscitou! O sertão se abriu em flor.                                                                                                                                                                 O sertão se abriu em flor. 
Da pedra água saiu. Era noite e o sol surgiu.
Glória ao Senhor!     
ou
Jesus Cristo, ontem, hoje e sempre,                                                                                                                        Ontem, hoje e sempre, aleluia!  2x
Terminado o Hino pascal, o Sacerdote faz a inclinação ao Círio pascal, e o apaga. Depois, voltado para o povo, canta a oração.

Dignai-vos, ó Cristo, nosso dulcíssimo Salvador, 
de acender as nossas lâmpadas da fé; 
que em vosso templo elas refuljam constantemente,                                                 
alimentadas por vós, que sois a luz eterna; 
sejam iluminados os ângulos escuros do nosso espírito 
e sejam expulsas para longe de nós as trevas do mundo.
Faz que vejamos, contemplemos, desejemos somente a vós;                                                  
que só a vós amemos, 
sempre no fervente aguardo de vosso retorno,           
Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos.
E toda a assembléia aclama, cantando:                                                                                                                                                                          
Jesus Cristo, ontem, hoje e sempre, 
Ontem, hoje e sempre, aleluia!  2x
Segue a benção final da solenidade de Pentecostes.

ALEGRIAS DE NOSSA SENHORA


 Recordamos que boa parte do tempo pascal se desenvolve no mês de maio, assim chamado “Mês de Maria”. Os meses temáticos não deveriam interferir gravemente na liturgia, mas, outrossim, deveriam ser iluminados pelo espírito próprio de cada tempo litúrgico. Como forma de conciliar estas duas realidades, e como forma análoga às Dores de Maria, propomos a celebração pascal das Alegrias de Nossa Senhora, considerando toda a vida da Virgem, desde o anúncio da Encarnação de Jesus até sua glorificação como Rainha do céu como um caminho de fé e de alegria: caminho articulado exatamente em sete “estações”, correspondentes às “sete alegrias” da Mãe do Senhor.  Em anexo, segue uma proposta celebrativa.

VIA MATRIS  OU  AS ALEGRIAS DE NOSSA SENHORA

ANIMADOR: “Alegrai-vos, Virgem e Mãe! Cristo ressurgiu do sepulcro, como disse! Aleluia!
            Como em todos os momentos da vida de Jesus, Maria também está presente na Ressurreição. Aquela que compartilhou as dores de seu Filho também celebra junto Dele as alegrias da vida nova. Também nós queremos nos juntar a eles nestes momentos felizes, conscientes que tanto o Filho Jesus quanto a Mãe Maria nunca nos abandonam em nosso dia-a-dia. Celebremos assim com o coração em festa as alegrias da Virgem Maria vendo nossa vida refletida naquela que é a imagem perfeita, bela e bem acabada da Igreja que somos todos nós. Cantando, iniciemos nossa celebração (recebendo a imagem da Mãe do Redentor).

ABERTURA DA CELEBRAÇÃO

PRES: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
TODOS: Amém.
PRES: Vinde, Espírito Santo, terníssimo Consolador. Nossa  alma suspira por Vós, nosso coração tem sede de Vós. Só Vós podeis saciar nossos anseios. Divino Esposo, não rejeiteis a morada de nosso pobre coração. meu coração é impuro,
TODOS: Mas podeis purificá-lo.
PRES: Meu coração é tenebroso,
TODOS: Mas podeis iluminá-lo.
PRES: Meu coração é mau,
TODOS: Mas podeis saciá-lo de amor.
PRES: Meu coração é triste,
TODOS: Mas podeis consolá-lo.
PRES: Meu coração é fraco,
TODOS: Mas podeis fortalecê-lo.
PRES: Meu coração é frio,
TODOS: Mas podeis abrasá-lo.
PRES: Meu coração é terreno,
TODOS: Mas podeis enchê-lo de desejos celestiais.
PRES: Meu coração é pecador,
TODOS: Mas podeis orná-lo de todas as virtudes.
PRES: Meu coração é inconstante,
TODOS: Mas podeis torná-lo perseverante.
Vinde, pois, ó Espírito Santo, Pai dos pobres, vinde, inundai-nos de Vosso amor!

PRIMEIRA ALEGRIA – ANUNCIAÇÃO DO ANJO

PRES: Alegrai-vos e exultai ó Virgem Maria, Aleluia!

TODOS: Pois o Senhor Ressuscitou como disse, Aleluia!

LEITOR: Do Evangelho de São Lucas: “Alegra-te, Cheia de graça, o Senhor está contigo. Encontrastes graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um Filho, a quem chamarás Jesus”.  Palavra da Salvação.
TODOS: Glória a vós, Senhor.
ANIMADOR: A alegria deve fazer parte da identidade do cristão, pois, assim como com Maria, o Senhor está sempre conosco. Se o Senhor é nossa luz e salvação, se Ele é a proteção de nossa vida, de que teremos medo?  Perante quem tremeremos? Com a vinda de Deus para o nosso meio, a vida humana descobriu infinitos motivos para a alegria, muito mais do que para a tristeza! Vivamos na alegria e na graça de nosso Deus e Senhor.
Após alguns instantes de silêncio, reza-se uma ou sete Ave-Maria, concluindo com a seguinte oração e canto:

PRES: Oremos. Ó Deus, que pela anunciação do anjo quisestes que vosso Filho se encarnasse no seio da Virgem Maria, concedei-nos o auxílio de sua intercessão, pois cremos e professamos que ela é a mãe de Deus. Por Cristo, nosso Senhor.
TODOS: Amém.

Ave, cheia de graça, ave cheia de amor.
Salve ó Mãe de Jesus, a ti nosso canto e nosso louvor.
Salve ó Mãe de Jesus, a ti nosso canto e nosso louvor.

SEGUNDA ALEGRIA – SAUDAÇÃO DE ISABEL

PRES: Alegrai-vos e exultai ó Virgem Maria, Aleluia!

TODOS: Pois o Senhor Ressuscitou como disse, Aleluia!

LEITOR: Do Evangelho de São Lucas: “E, repleta do Espírito Santo, Isabel exclamou: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto de teu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Feliz aquela que acreditou, pois será cumprido tudo aquilo que o Senhor lhe prometeu’”. Palavra da Salvação.
TODOS: Glória a vós, Senhor.
ANIMADOR: Após a Ressurreição, Jesus também dirá a Tomé: “Acreditaste porque me viste, Tomé? Felizes serão aqueles que acreditarem sem terem visto!”. Fazemos parte da bem-aventurada geração que, seguindo o exemplo de Maria, busca crer nas promessas do Senhor. Ele prometeu nunca nos abandonarmos. Que a experiência da alegria de tê-lo junto a nós nos impulsione a irmos ao encontro de nossos irmãos, levando Jesus Cristo ao mundo. 
Após alguns instantes de silêncio, reza-se uma ou sete Ave-Maria, concluindo com a seguinte oração e canto:

PRES: Oremos. Ó Deus, salvador dos homens, que pela Virgem Maria, arca da Nova Aliança, trouxestes à casa de Isabel a salvação e a alegria, concedei que obedecendo à inspiração do Espírito, possamos levar Cristo a nossos irmãos e gloriar-vos com nossos louvores e nossa santidade de vida. Por Cristo, nosso Senhor.
TODOS: Amém.

Ave, cheia de graça, ave cheia de amor.
Salve ó Mãe de Jesus, a ti nosso canto e nosso louvor.
Salve ó Mãe de Jesus, a ti nosso canto e nosso louvor.

TERCEIRA ALEGRIA – NASCIMENTO DE JESUS 

PRES: Alegrai-vos e exultai ó Virgem Maria, Aleluia!

TODOS: Pois o Senhor Ressuscitou como disse, Aleluia!

LEITOR: Do Evangelho de São Lucas: “Estando José e Maria em Belém, completaram-se os dias para o parto e ela deu à luz um filho primogênito, envolveu-o em faixas e reclinou-o numa manjedoura. Maria, contudo, meditava todas estas coisas em seu coração”.  Palavra da Salvação.
TODOS: Glória a vós, Senhor.

ANIMADOR: “Eis que vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo: Nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor”. Jesus nasceu em nossa Terra, e aonde ele chega, tudo se transforma: o sofrimento se transforma em esperança, a tristeza em alegria, o luto em vida! Seguindo os passos de Maria, abramos nosso coração ao Salvador para que Ele encontre digna morada em nós e nos transfigure com a luz de seu nascimento, de sua vida, morte e ressurreição gloriosa.
Após alguns instantes de silêncio, reza-se uma ou sete Ave-Maria, concluindo com a seguinte oração e canto:

PRES: Oremos. Ó Deus, cujo Filho tendo deixado o céu, Santa Maria o concebeu antes na mente do que em seu seio, concedei que o mesmo Cristo, recebido por nós pela fé, seja manifestado por dignas obras de justiça. Por Cristo, nosso Senhor.
TODOS: Amém.

Ave, cheia de graça, ave cheia de amor.
Salve ó Mãe de Jesus, a ti nosso canto e nosso louvor.
Salve ó Mãe de Jesus, a ti nosso canto e nosso louvor.

QUARTA ALEGRIA – RESSURREIÇÃO DO SENHOR

PRES: Alegrai-vos e exultai ó Virgem Maria, Aleluia!

TODOS: Pois o Senhor Ressuscitou como disse, Aleluia!

LEITOR: Do Evangelho de São Mateus: “Vinde ver o lugar onde Ele estava. Ide já contar aos discípulos que Ele ressuscitou dos mortos e que vos precede na Galiléia. Ali vós o vereis”. Elas, partindo depressa do túmulo, com medo e grande alegria, correram a anunciar aos seus discípulos. Palavra da Salvação.
TODOS: Glória a vós, Senhor.

ANIMADOR: A ressurreição é a mais estupenda novidade acontecida na história humana: Deus se faz homem para ser um de nós e, assim morrendo, derrotar a morte e renovar a vida! Nossa vida e nossa história tem futuro. Não podemos nos conformar com o pecado e com a morte, mas acreditemos que nosso Salvador está vivo para nos oferecer a verdadeira alegria da vida plena..
Após alguns instantes de silêncio, reza-se uma ou sete Ave-Maria, concluindo com a seguinte oração e canto:

PRES: Oremos. Ó Deus, que vos dignastes alegrar o mundo com a ressurreição do vosso Filho, concedei-nos, por sua mãe, a Virgem Maria, o júbilo da vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
TODOS: Amém.

Ave, cheia de graça, ave cheia de amor.
Salve ó Mãe de Jesus, a ti nosso canto e nosso louvor.
Salve ó Mãe de Jesus, a ti nosso canto e nosso louvor.

QUINTA ALEGRIA – PENTECOSTES

PRES: Alegrai-vos e exultai ó Virgem Maria, Aleluia!

TODOS: Pois o Senhor Ressuscitou como disse, Aleluia!

LEITOR: Dos Atos dos Apóstolos: “Os Apóstolos eram unânimes, perseveravam na oração com algumas mulheres, entre as quais, Maria, a mãe de Jesus”. Palavra da Senhor.
TODOS: Graças a Deus!

ANIMADOR: Foi o Espírito Santo de Deus que santificou plenamente o ser de Maria para que pudesse se tornar a mãe do Senhor. Foi o Espírito Santo de Deus que ressuscitou o Senhor Jesus dentre os mortos. Foi o Espírito Santo de Deus que encheu os apóstolos de santa coragem e destemor para que pudessem espalhar para os quatro cantos do mundo a alegria da ressurreição e da vida nova. Vinde Espírito Consolador, e ilumine nossa vida. Faz de nós homens e mulheres renovados!
Após alguns instantes de silêncio, reza-se uma ou sete Ave-Maria, concluindo com a seguinte oração e canto:

PRES: Oremos. Ó Deus, que comunicastes o Espírito Santo aos vossos apóstolos a orar com Maria Mãe de Jesus, concedei-nos, por sua intercessão, servir fielmente à vossa majestade e difundir pela palavra e pelo exemplo a glória de vosso nome. Por Cristo, nosso Senhor.
TODOS: Amém.

Ave, cheia de graça, ave cheia de amor.
Salve ó Mãe de Jesus, a ti nosso canto e nosso louvor.
Salve ó Mãe de Jesus, a ti nosso canto e nosso louvor.

SEXTA ALEGRIA – ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

PRES: Alegrai-vos e exultai ó Virgem Maria, Aleluia!

TODOS: Pois o Senhor Ressuscitou como disse, Aleluia!


LEITOR: Do salmo de Davi: “A vossa direita se encontra a Rainha, com veste esplendente de ouro de Ofir. Em vestes vistosas ao rei se dirige, e as virgens amigas lhe formam cortejo, entre cantos de festa e com grande alegria, ingressam, então, no palácio real”.
ANIMADOR: Ao fim de sua existência terrena, entre cantos de festa e com grande alegria, Maria ingressa no palácio real, na Jerusalém celeste, no céu. Um dia chegará também a nossa vez de, igualmente com o coração radiante de júbilo nos apresentarmos ao nosso justo e misericordioso Juiz. Que este santo dia nos encontre preparados para o definitivo encontro com o Senhor a quem aqui buscamos entre os véus da fé. Enquanto vivemos neste mundo, busquemos as coisas do alto, pois só elas, com todas as suas exigências, nos dão a verdadeira alegria.
Após alguns instantes de silêncio, reza-se uma ou sete Ave-Maria, concluindo com a seguinte oração e canto:

PRES: Oremos. Ó Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do céu em corpo e alma a Imaculada Virgem Maria, Mãe do vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória. Por Cristo, nosso Senhor.
TODOS: Amém.

Ave, cheia de graça, ave cheia de amor.
Salve ó Mãe de Jesus, a ti nosso canto e nosso louvor.
Salve ó Mãe de Jesus, a ti nosso canto e nosso louvor.

SÉTIMA ALEGRIA – COROAÇÃO DE MARIA

PRES: Alegrai-vos e exultai ó Virgem Maria, Aleluia!

TODOS: Pois o Senhor Ressuscitou como disse, Aleluia!

LEITOR: Do Apocalipse de São João: “Um grande sinal apareceu no céu: uma mulher, vestida com o sol, tendo as luas sob os pés e sobre a cabeça uma coroa de 12 estrelas...”. Palavra do Senhor.
TODOS: Graças a Deus.
ANIMADOR: A verdadeira coroa dos pais são seus filhos. As estrelas que ornam a coroa de Maria deverão ser cada um de nós que a admiramos com amor filial. Seguindo o ensinamento da Mãe do Senhor, realizando tudo aquilo que Jesus nos mandar, seremos felizes aqui na terra como também um dia lá no céu. Que nossa terna mãe nos acompanhe no peregrinar desta vida, para que entre as dores e as angústias, as alegrias e as esperanças, possamos andar juntos no caminho do Reino definitivo.

Após alguns instantes de silêncio, reza-se uma ou sete Ave-Maria.
Pode-se, neste instante, proceder à coroação da imagem de Maria, com algum canto apropriado, seguida da seguinte oração:

PRES: Oremos. Ó Deus, que designastes a mãe de vosso Filho como nossa mãe e rainha, concedei bondoso que, apoiados em sua intercessão, consigamos no reino celeste a glória de filhos vossos.  Por Cristo, nosso Senhor.
TODOS: Amém.

Ave, cheia de graça, ave cheia de amor.
Salve ó Mãe de Jesus, a ti nosso canto e nosso louvor.
Salve ó Mãe de Jesus, a ti nosso canto e nosso louvor.

CONCLUSÃO DA ORAÇÃO

PRES: Celebrando a gloriosa ressurreição de teu Filho, louvamos-te Maria, portadora do Verbo Humanado. Recebas pois, nossa humilde homenagem:
TODOS:A ti, Maria, como a um general invencível, nossos cantos de vitória!
A ti, que nos livrastes de nossos males, oferecemos os nossos cantos de reconhecimento!
Pois que tens uma força invencível, livrai-nos de toda a espécie de perigos,
a fim de que te aclamemos: Ave, Virgem e Mãe!
PRES: Que o Senhor nos abençoe e nos acompanhe, Pai, e Filho e Espírito Santo.
TODOS: Amém.
PRES: Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo Ressuscitado.
TODOS: Para que sempre seja louvado.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

VIA LUCIS ou VIA SACRA DA RESSURREIÇÃO




ABERTURA DA CELEBRAÇÃO

PRES: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
TODOS: Amém.
PRES: Vinde, Espírito Santo, terníssimo Consolador. Nossa  alma suspira por Vós, nosso coração tem sede de Vós. Só Vós podeis saciar nossos anseios. Divino Esposo, não rejeiteis a morada de nosso pobre coração. meu coração é impuro,
TODOS: Mas podeis purificá-lo.
PRES: Meu coração é tenebroso,
TODOS: Mas podeis iluminá-lo.
PRES: Meu coração é
mau,                                                                                                                                                          TODOS: Mas podeis saciá-lo de amor.
PRES: Meu coração é triste,
TODOS: Mas podeis consolá-lo.
PRES: Meu coração é fraco,
TODOS: Mas podeis fortalecê-lo.
PRES: Meu coração é frio,
TODOS: Mas podeis abrasá-lo.
PRES: Meu coração é terreno,
TODOS: Mas podeis enchê-lo de desejos celestiais.
PRES: Meu coração é pecador,
TODOS: Mas podeis orná-lo de todas as virtudes.
PRES: Meu coração é inconstante,
TODOS: Mas podeis torná-lo perseverante.
Vinde, pois, ó Espírito Santo, Pai dos pobres, vinde, inundai-nos de Vosso amor!

1ª ESTAÇÃO: O Senhor desce à mansão dos mortos

Anim: Este é o dia que o Senhor fez para nós!
Todos: Alegremo-nos e nele exultemos!

Leitor: Da carta aos Hebreus: “O Deus da paz, que fez subir dentre os mortos aquele que se tornou, pelo sangue de uma eterna aliança, o grande Pastor das ovelhas, nosso Senhor Jesus, vos torne aptos a todo bem para fazer a sua vontade” Palavra do Senhor.
Todos: Graças a Deus!
Anim: Nós acreditamos na vida eterna, pois sabemos que Jesus nos abriu as portas do paraíso. Todos estamos salvos. Jesus nos garantiu a vida nova, a nós e àqueles que já morreram. Precisamos viver esta novidade da salvação já nesta vida. Em cada oportunidade que temos para fazer o bem ao próximo, a ressurreição acontece.

Anim: O Senhor ressuscitou, aleluia, aleluia!
Todos: Ressuscitou verdadeiramente, aleluia, aleluia!

Aleluia, alegria minha gente! Aleluia, aleluia  2X
Ele falou: eu sou a vida minha gente.
Eu venci a morte, aleluia, aleluia!


2ª ESTAÇÃO: O Senhor Ressuscita dentre os mortos

Anim: Este é o dia que o Senhor fez para nós!
Todos: Alegremo-nos e nele exultemos!


Leitor: Do Evangelho de São Matheus: “E o anjo disse: ‘Não temais! Sei que estais procurando Jesus, o crucificado. Ele não está mais aqui. Ressuscitou, como havia dito. Vinde ver o lugar onde ele jazia’”. Palavra da Salvação.
Todos: Glória a vós, Senhor!
Animador: Eis a grande mensagem da ressurreição: não temos por que temer a vida que temos pela frente. Jesus está conosco. Enterremos nossos pecados, nossos vícios e más inclinações no túmulo vazio de Jesus e ressuscitemos com ele para uma vida nova.

Anim: O Senhor ressuscitou, aleluia, aleluia!
Todos: Ressuscitou verdadeiramente, aleluia, aleluia!

Aleluia, alegria minha gente! Aleluia, aleluia  2X
O Senhor ressuscitou, minha gente!
Ele está vivo em nosso meio. Aleluia!

3ª ESTAÇÃO: As santas mulheres visitam o túmulo



Anim: Este é o dia que o Senhor fez para nós!
Todos: Alegremo-nos e nele exultemos!

Leitor: Do Evangelho de São Lucas: “No primeiro dia da semana, muito cedo ainda, as mulheres foram ao sepulcro, levando aromas que tinham preparado. Encontraram a pedra do túmulo removida, mas ao entrar, não encontraram o corpo do Senhor Jesus”. Palavra da Salvação.
Todos: Glória a vós, Senhor!
Anim: Naquele tempo havia o costume de ungir o corpo dos falecidos com óleo perfumado. Jesus está vivo, não precisa desta unção. Contudo muitos de nossos irmãos ainda não ressuscitaram e precisam da unção de uma palavra amiga, de um gesto de caridade ou de apoio diante das dificuldades. Estamos cumprindo com a nossa obrigação de cristãos? “O que fizerdes ao menor dos meus irmãos é a mim mesmo que o fazeis”, diz o Senhor.

Anim: O Senhor ressuscitou, aleluia, aleluia!
Todos: Ressuscitou verdadeiramente, aleluia, aleluia!

Aleluia, alegria minha gente! Aleluia, aleluia  2X
O sepulcro está vazio, minha gente,
O Senhor ressuscitou, aleluia!

4ª ESTAÇÃO: Aparição à Maria Madalena


Anim: Este é o dia que o Senhor fez para nós!
Todos: Alegremo-nos e nele exultemos!

Leitor: Do Evangelho segundo São João: “Jesus apareceu à Maria e lhe disse: ‘Mulher, por que choras? A quem procuras?’. Pensando ser o jardineiro ela lhe diz: ‘Senhor, se foste tu que o tirou do túmulo, dize-me onde o colocaste e eu irei buscar!’ Jesus lhe disse: ‘Maria!’. Voltando, disse ela em hebraico: ‘Rabbuni!’, que quer dizer ‘Mestre’”. Palavra da Salvação.
Todos: Glória a vós, Senhor!
Anim: Jesus Ressuscitado está sempre ao lado daqueles que choram, para realizar as bem-aventuranças que Ele mesmo havia proclamado: “Felizes os que choram, porque serão consolados!”. É Jesus quem nos consola em nossas aflições cotidianas, pois feito homem como nós, tornou-se sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas. (Hb 4,15). Senhor Jesus, receba nossa gratidão pelo conforto que recebemos de vosso divino coração! 

Anim: O Senhor ressuscitou, aleluia, aleluia!
Todos: Ressuscitou verdadeiramente, aleluia, aleluia!

Aleluia, alegria minha gente! Aleluia, aleluia  2X
Ele apareceu à Madalena, minha gente,
Ela acreditou no Senhor, aleluia!

5ª ESTAÇÃO: Madalena anuncia a ressurreição



Anim: Este é o dia que o Senhor fez para nós!
Todos: Alegremo-nos e nele exultemos!

Leitor: Do Evangelho de são Marcos: “Depois de ressuscitar, na madrugada do primeiro dia após o sábado, Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demônios. Ela foi anunciar isso aos seguidores de Jesus, que estavam de luto e chorando”. Palavra da Salvação.
Todos: Glória a vós, Senhor!
Anim: Quem faz a experiência de Jesus ressuscitado não pode ficar parado. Muitos irmãos e irmãs nossos também precisam do conforto de um ombro amigo. Somos hoje, para Jesus, os seus braços para confortar, seu coração para amar,  seus pés, mãos e lábios para anunciar que a vida venceu a morte. Vamos ao encontro daqueles que estão desanimados para levar-lhes a alegria pascal do Salvador.

Anim: O Senhor ressuscitou,aleluia, aleluia!
Todos: Ressuscitou verdadeiramente, aleluia, aleluia!

Aleluia, alegria minha gente! Aleluia, aleluia  2X
Ele apareceu à Madalena, minha gente,
E ela anunciou a todo o povo, aleluia!

6ª ESTAÇÃO: Pedro e João correm ao sepulcro

Anim: Este é o dia que o Senhor fez para nós!
Todos: Alegremo-nos e nele exultemos!

Leitor: Do Evangelho de João: “Pedro saiu com o outro discípulo e se dirigiram ao sepulcro. Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro. Inclinando-se, viu as faixas de linho por terra mas não entrou. Chegou também Simão Pedro, que o seguia. Ele entra no túmulo. Entrou também o outro discípulo que chegara primeiro, ele viu e acreditou”.  Palavra da Salvação.
Todos: Glória a vós, Senhor!
Anim: Diante do mistério da Ressurreição, devemos repetir o gesto dos apóstolos: inclinar-se perante a majestade divina que se esconde no aparente “vazio” da Eucaristia: entre as faixas de linho do altar encontraremos o próprio Ressuscitado escondido no pão eucarístico para nos sustentar na caminhada rumo ao céu.

Anim: O Senhor ressuscitou, aleluia, aleluia!
Todos: Ressuscitou verdadeiramente, aleluia, aleluia!

Aleluia, alegria minha gente! Aleluia, aleluia  2X
Eles correram ao sepulcro, minha gente,
Cristo está vivo, aleluia, aleluia!

7ª ESTAÇÃO: O Senhor caminha com os discípulos de Emaús




Anim: Este é o dia que o Senhor fez para nós!
Todos: Alegremo-nos e nele exultemos!

Leitor: Do Evangelho de São Lucas: “Os discípulos insistiram com Jesus, dizendo: ‘Fica conosco Senhor, pois já é tarde e a noite vem chegando!’ Jesus entrou pra ficar com eles. Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, rezou a benção, partiu-o e lhes distribuía. Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus”. Palavra da Salvação.
Todos: Glória a vós, Senhor!
Anim: “Fica conosco Senhor, é tarde e a noite já vem,
              Fica conosco Senhor, somos teus seguidores também”  2x
Permanece conosco na noite de nossa vida, pois só tu és a luz verdadeira capaz de espantar a escuridão do pecado, do desânimo, da solidão e do desamor.

Anim: O Senhor ressuscitou, aleluia, aleluia!
Todos: Ressuscitou verdadeiramente, aleluia, aleluia!

Aleluia, alegria minha gente! Aleluia, aleluia  2X
Ele explicava as Escrituras minha gente
E nos ardia o coração, aleluia!

8ª ESTAÇÃO: O Senhor institui o Sacramento da Reconciliação



Anim: Este é o dia que o Senhor fez para nós!
Todos: Alegremo-nos e nele exultemos!

Leitor: Do Evangelho de João: “O Senhor soprou sobre eles e lhes disse: ‘Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados eles lhe serão perdoados, aqueles aos quais retiverdes, eles lhes serão retidos’”. Palavra da Salvação.
Todos: Glória a vós, Senhor!
Anim: O mistério glorioso da ressurreição de Jesus traz ao mundo o presente excepcional da paz - a saudação do ressuscitado a seus discípulos -, e o perdão dos pecados que Cristo anuncia e outorga aos Apóstolos no mesmo dia da ressurreição. São como as duas faces da mesma moeda: o perdão que gera a paz e a paz que brota do perdão dos pecados. O perdão dos pecados marca a missão de Cristo no mundo, pois como afirma São Paulo: "Jesus se entregou por nossos pecados e ressuscitou por nossa justificação" (Romanos 4,25), com o resultado da paz que nos consegue, porque "Ele é a nossa paz" (Efésios 2,14).

Anim: O Senhor ressuscitou, aleluia, aleluia!
Todos: Ressuscitou verdadeiramente, aleluia, aleluia!

Aleluia, alegria minha gente! Aleluia, aleluia  2X
O sacramento do perdão, minha gente,
O Senhor nos entregou, aleluia!

9ª ESTAÇÃO: O Ressuscitado aparece a Tomé

Anim: Este é o dia que o Senhor fez para nós!
Todos: Alegremo-nos e nele exultemos!

Leitor: Do Evangelho segundo são João: “Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: ‘A paz esteja convosco!’. Depois disse a Tomé: ‘Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo mas fiel’. Tomé respondeu: ‘Meu Senhor e meu Deus!’. Jesus lhe disse: ‘Acreditaste porque me viste? Bem aventurados os que creram sem terem visto!’”. Palavra da Salvação.
Todos: Glória a vós, Senhor!
Anim: Tomé é uma figura que podemos ver facilmente em muitos irmãos e irmãs nossos, talvez, às vezes, em nós mesmos: o descrente, aquele que "só acredita vendo". A repreensão de Jesus a Tomé serve também hoje para nós: Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé. (Jo 20,27)

Anim: O Senhor ressuscitou, aleluia, aleluia!
Todos: Ressuscitou verdadeiramente, aleluia, aleluia!

Aleluia, alegria minha gente! Aleluia, aleluia  2X
Ele falou: ressuscitei, minha gente,
Feliz quem acredita, sem ter visto, aleluia!

10ª ESTAÇÃO: O Senhor alimenta os discípulos


Anim: Este é o dia que o Senhor fez para nós!
Todos: Alegremo-nos e nele exultemos!

Leitor: Do Evangelho de João: “Disse-lhes Jesus: ‘Vinde comer!’. Nenhum dos discípulos ousava perguntar-lhe: ‘quem és tu?’, porque sabiam que era o Senhor. Jesus aproxima-se, toma o pão e o distribui entre eles; e faz o mesmo com o peixe”. Palavra da Salvação.
Todos: Glória a vós, Senhor!
Anim: “Dai-lhes vós mesmos de comer” – eis o mandato do Senhor. O mundo tem fome e sede de Deus e de sentido para a vida. Senhor Jesus, alimenta-nos com a vossa presença e com vossa vida divina, para podermos levar-te aos nossos irmãos e irmãs famintos e sedentos de alegria celeste. 

Anim: O Senhor ressuscitou, aleluia, aleluia!
Todos: Ressuscitou verdadeiramente, aleluia, aleluia!

Aleluia, alegria minha gente! Aleluia, aleluia  2X
O Senhor nos alimenta, minha gente,
Nos sustenta no caminho, aleluia!

11ª ESTAÇÃO: Pedro confirma seu amor ao Senhor



Anim: Este é o dia que o Senhor fez para nós!
Todos: Alegremo-nos e nele exultemos!

Leitor: Do Evangelho de João: “Depois de comerem, Jesus disse a Simão Pedro: ‘Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?’, ele lhe respondeu: ‘Sim Senhor, tu sabes que eu te amo!’, Jesus lhe disse: ‘apascenta meus cordeiros’. Segunda vez disse-lhe: ‘Simão, filho de João, tu me amas?’ - ‘Sim Senhor, tu sabes que eu te amo!’. Pela terceira vez Jesus lhe disse: ‘Simão, filho de João, tu me amas?’. Pedro entristeceu-se porque pela terceira vez lhe perguntara: ‘Tu me amas?’. Respondeu Simão: ‘Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que te amo!’. Jesus lhe disse: ‘apascenta minhas ovelhas!’”.   Palavra da Salvação.
Todos: Glória a vós, Senhor!
Anim: Depois do jantar, Jesus indagou-o diretamente: Pedro, tu me amas? Por 3 vezes o Mestre perguntou e por 3 vezes ele afirmou que sim. Na mesma proporção em que Pedro o negou, teve oportunidade de afirmar seu amor, só que dessa vez, reconhecendo o senhorio absoluto de Cristo e sua dependência Dele: "Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo". Uma vez humilhados e reconhecendo nossa dependência, abrimos caminho para a Graça de Deus alcançar as profundezas do nosso coração e curar toda ferida. Mergulhar na Graça, nos permite compreender que somos chamados porque Ele nos amou primeiro, não porque somos melhores. Quem passou por essa estrada entende de uma vez por todas quão pecador e imerecedor das bençãos de Deus é. Essa atitude inevitavelmente nos leva à rendição, à adoração e à gratidão.

Anim: O Senhor ressuscitou, aleluia, aleluia!
Todos: Ressuscitou verdadeiramente, aleluia, aleluia!

Aleluia, alegria minha gente! Aleluia, aleluia  2X
Simão Pedro é questionado, minha gente,
Sobre o amor pelo Mestre, aleluia!

12ª ESTAÇÃO: O Senhor envia os discípulos em missão


Anim: Este é o dia que o Senhor fez para nós!
Todos: Alegremo-nos e nele exultemos!

Leitor: Do Evangelho segundo São Matheus: “Então Jesus aproximou-se e falou: ‘Toda autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que estarei convosco todos os dias até o fim do mundo’”. Palavra da Salvação.
Todos: Glória a vós, Senhor!
Anim: Que grande conforto saber que o Senhor estará conosco todos os dias até o fim do mundo. Que grande missão Dele recebemos de propagar seu Reinado, sua Palavra, sua Pessoa. Tornai-nos, Senhor vossos verdadeiros discípulos e missionários.

Anim: O Senhor ressuscitou, aleluia, aleluia!
Todos: Ressuscitou verdadeiramente, aleluia, aleluia!

Aleluia, alegria minha gente! Aleluia, aleluia  2X
Ide a todo o mundo e anunciai, minha gente,
A Boa nova do Senhor, aleluia!

13ª ESTAÇÃO: O Senhor sobe aos céus

Anim: Este é o dia que o Senhor fez para nós!
Todos: Alegremo-nos e nele exultemos!

Leitor: Do livro dos Atos dos Apóstolos: “Jesus foi elevado aos céus à vista deles, e uma nuvem o ocultou aos seus olhos. Estando a olhar atentamente para o céu enquanto ele se ia dois homens vestidos de branco encontraram-se junto deles e lhes disseram: ‘Homens da Galiléia, por que estais aí a olhar para o céu? Este Jesus que foi arrebatado dentre vós para o céu assim virá da mesma forma como o vistes partir para o céu!’” Palavra do Senhor.
Todos: Graças a Deus!
Anim: No mistério da Ascensão vemos com clareza que Jesus continua agindo no mundo através da sua Igreja e de seus sacramentos que são administrados por ela. Também contemplamos o destino do homem: o céu. A Ascensão estimula e fortalece nosso desejo do céu. A esperança da vida feliz na eternidade deve encher de alegria nossa caminhada na terra, que nos impulsionará para a missão como foi o mandado de Jesus aos seus discípulos. Todos nós somos discípulos do Mestre pelo Batismo: vamos levá-lo ao mundo!
Anim: O Senhor ressuscitou, aleluia, aleluia!
Todos: Ressuscitou verdadeiramente, aleluia, aleluia!

Aleluia, alegria minha gente! Aleluia, aleluia  2X
O Senhor subiu aos céus, minha gente,
Mas está conosco eternamente, aleluia!

14ª ESTAÇÃO: Vinda do Espírito Santo sobre os Apóstolos e Maria Santíssima



Anim: Este é o dia que o Senhor fez para nós!
Todos: Alegremo-nos e nele exultemos!

Leitor: Do livro dos Atos dos Apóstolos: “Tendo-se completado o dia de Pentecostes estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um ruído como um vendaval impetuoso que encheu toda a casa em que se encontravam. Apareceu então línguas como de fogo que se repartiam e pousavam sobre cada um deles. E todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia a falar”. Palavra do Senhor.
Todos: Graças a Deus!
Anim: Sem o Espírito Santo, Cristo é um mestre religioso do passado: com o Espírito Santo, é o Senhor Ressuscitado presente na vida da Igreja e do mundo. – Sem o Espírito Santo, o Evangelho é letra morta, apenas inspiradora de bons comportamentos: com o Espírito Santo, o Evangelho é Palavra de Deus, potência de vida. – Sem o Espírito Santo, a Igreja é uma simples organização, prestadora de serviços, entidade filantrópica: com o Espírito Santo, a Igreja é comunhão trinitária, corpo místico de Cristo, povo de Deus. – Sem o Espírito Santo, a autoridade é dominação, busca de poder, concorrência com os grandes da terra: com o Espírito Santo, a autoridade é serviço humilde, diaconia, a exemplo do Senhor que veio para servir, continuando o rito o Lava-pés. Sem o Espírito Santo, o culto, a liturgia é teatro, cerimônia bem ou mal produzida: com o Espírito Santo, a Liturgia é realização e atualização do mistério de deus em nossa vida. “Vinde Espírito Santo, enchei os corações...”
Anim: O Senhor ressuscitou, aleluia, aleluia!
Todos: Ressuscitou verdadeiramente, aleluia, aleluia!

Aleluia, alegria minha gente! Aleluia, aleluia  2X
Os Apóstolos oravam, minha gente
Oh vinde, Luz Divina, aleluia, aleluia!

15ª ESTAÇÃO: A Igreja celebra o Mistério Pascal

Anim: Este é o dia que o Senhor fez para nós!
Todos: Alegremo-nos e nele exultemos!

Leitor: Do livro dos Atos dos apóstolos: “Eles mostravam-se assíduos aos ensinamentos dos Apóstolos, à comunhão fraterna, à Fração do Pão e às orações. Dia após dia, com o mesmo sentimento, mostravam-se assíduos ao templo e partiam o pão pelas casas, tomando o alimento com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus e gozavam da simpatia de todos. E o Senhor acrescentava cada dia ao seu número os que eram salvos” (At 2, 42- 47). Palavra do Senhor.
Todos: Graças a Deus!
Anim: “Sem o domingo do Senhor, sem o Dia do Senhor não podemos viver”: assim responderam no ano 304 alguns cristãos da atual Tunísia, quando, surpreendidos na celebração eucarística dominical, que estava proibida, foram conduzidos ao juiz, que lhe perguntou por que, no Domingo, haviam celebrado a função religiosa cristã, sabendo que isso implicava castigo de morte. No Domingo encontramos dois significados, cuja unidade devemos novamente aprender a perceber. Encontra-se sobretudo o dom do Senhor – este dom é Ele mesmo: o Ressuscitado, de cujo contato e proximidade os cristãos têm necessidade para serem eles mesmos. Para aqueles cristãos, a celebração eucarística dominical não era um lei, ordem, mas uma necessidade interior. Sem Aquele que sustenta nossa vida com seu amor, a própria vida é vazia.

Anim: O Senhor ressuscitou, aleluia, aleluia!
Todos: Ressuscitou verdadeiramente, aleluia, aleluia!

Aleluia, alegria minha gente! Aleluia, aleluia  2X
Hoje a Igreja continua, minha gente,
A celebrar a vida nova, aleluia!

CONCLUSÃO

Anim: Obediente à Palavra do Salvador, e formados pelo seu divino ensinamento, ousamos cantar:
Todos: Pai nosso que estais...

Anim: “Que a estrada se erga ao encontro do seu caminho
             Que o vento esteja sempre às suas costas
             Que o sol brilhe quente sobre a sua face
             Que a chuva caia suave sobre seus campos
             E até que nos encontremos de novo,
             Que Deus o guarde na palma da sua mão.”
              Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.
Todos: Amém.

Anim: Bendigamos o Senhor, aleluia, aleluia.
Todos: Demos graças a Deus, Aleluia, aleluia.